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1º Congresso Mulheres pela Paridade encerra com palestra da Ministra Simone Tebet 

O auditório do Bioparque Pantanal durante dois dias (3-4) foi ocupado por mulheres que representam diversos setores de atuação na sociedade, como política, saúde, assistência social, justiça, legislativo, agropecuária, entre outros, para a realização do 1º Congresso Nacional de Mulheres pela Paridade. O último dia foi marcado pelo painel que contou com a participação da prefeita Adriane Lopes, da ex-Ministra do TSE, Maria Cláudia Bucchianeri, e da deputada Mara Caseiro. Já a palestra de encerramento foi feita pela Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. 


A advogada e ex-ministra Maria Cláudia, explicou sobre dados da defasagem de mulheres em cargos de poder em território nacional.

“Nós mulheres, somos a maioria do eleitorado brasileiro, com representação de 53% dos votos nas urnas. Porém, a realidade no setor político demonstra o contrário: hoje apenas 18% dos cargos políticos eleitos pela população no Congresso Nacional, são de mulheres. Mais de mil municípios do país, não tem uma vereadora eleita nas Câmaras Municipais. E ainda: a população de mulheres no Brasil são predominantemente negras, que ainda ficam com apenas 3% dos cargos de poder em nossa nação. Precisamos unir forças para mudar essa realidade”, apontou.


A prefeita Adriane Lopes também foi uma das painelistas convidadas, e destacou que o Poder Executivo Municipal de Campo Grande tem mudado a realidade dos índices nacionais que foram apresentados pela ministra. 

“Dos 34 cargos políticos importantes que temos hoje na Prefeitura, 24 são ocupados por mulheres. Costumo dizer, como primeira prefeita eleita de Campo Grande, que nós não viemos para competir e sim para somar, mostrar a nossa força e do que somos capazes”.

Representando a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, a deputada estadual Mara Caseiro abordou o levantamento histórico sobre a participação das mulheres na política do Estado.  


“Em 45 anos de criação do Estado de Mato Grosso do Sul, o parlamento legislativo estadual foi representado apenas por 11 mulheres. Mesmo sendo a deputada mais votada na última eleição entre todos os candidatos, com 49.512 mil votos e a mulher mais votada na história de MS, ainda temos muito o que fazer para que nossas mulheres sejam representadas em cargos de poder”.

Na palestra virtual, a ministra Simone Tebet explicou sua ausência presencial pela alta demanda na pasta que ocupa em Brasília. “Sinto muito em não estar com vocês pessoalmente, principalmente por ser uma agenda tão importante como essa. Já tem quase dois meses que não consigo ir para Mato Grosso do Sul e não consigo nem ver minha mãe. Mas daqui estou junto com vocês”.


A ministra falou que a questão sobre a paridade de gênero é atual e não pode mais ficar só no debate. “Toda a vez que nós nos reunimos para falar de empoderamento da mulher, falarmos dessa pauta,  temos que tratar da violência política que acontece com qualquer mulher e a qualquer momento, basta ela querer ter uma vida fora de casa. Uma violência que muitas vezes é velada que é a mais difícil de ser combatida. Então, chega de ficarmos somente falando de diagnóstico, temos que agir, ver o que fazer para reverter uma realidade que mostra que o Brasil está muito aquém em relação a outros países com representatividade feminina na política, e nos espaços de poder”, afirmou Simone Tebet. 

Dados

O Brasil ocupa a 161ª posição no Ranking de Presença Feminina no Poder Executivo, dentre os 186 países analisados pelo Projeto Mulheres Inspiradoras (PMI) – 2018. O ranking é baseado em um índice que sintetiza dados que medem a representatividade feminina nas chefias de governo; a representatividade nas chefias de Estado; o número e a proporção de habitantes governados por mulheres e a proporção de cargos em ministérios ocupados por lideranças femininas.

Olga Cruz 

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