“Há 15 ou 20 anos, pensávamos estarmos prestes a eliminar a sífilis”, afirma Leandro Mena, diretor de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST) no CDC, órgão de Saúde dos EUA. Essa taxa de crescimento é vista não só nos EUA, mas em vários outros países, como o Brasil.
“Não há dúvida de que estamos vendo taxas crescentes de sífilis, taxas que não víamos nos últimos 20 anos ou mais”
De 2021 para 2022, a taxa de detecção de casos de sífilis adquirida por 100 mil habitantes cresceu 23% por aqui.
Mas o que está acontecendo?
Profissionais de saúde apontam para mudanças comportamentais que estão levando pessoas a usarem menos preservativos — e a contraírem mais ISTs como a sífilis
“O risco de infecção pelo HIV já não é um incentivo para as pessoas usarem preservativos ou adotarem outras estratégias de prevenção contra as ISTs”, diz Mena.
Pesquisadores no Japão também concluíram que o uso de aplicativos de namoro estava “significativamente associado à incidência de sífilis”, devido a mais oportunidades de sexo casual.
Mas a desigualdade social que se ampliou com a pandemia de covid-19 pode estar também por trás dos números. Pessoas pobres seguem sendo as mais infectadas.
As desigualdades afetam o acesso a locais que fazem testes de ISTs, há menos acesso a preservativos e, em países com muitos imigrantes, essas pessoas muitas vezes ficam fora do sistema de saúde.
*Com informações da BBC





