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Casais que mantêm relações sexuais menos de uma vez por semana enfrentam riscos graves

Especialistas alertam que a falta de atividade sexual regular, inferior a uma vez por semana, pode trazer sérios riscos para a relação dos casais

Você já sentiu aquela sensação de conexão e contentamento profundo em seu relacionamento? Uma pesquisa recente e bastante intrigante, publicada em setembro de 2024, aponta para uma conexão significativa entre a vida sexual das mulheres e sua felicidade geral nos relacionamentos.

Este estudo lança luz sobre aspectos cruciais da intimidade que muitas vezes são subestimados ou pouco discutidos, mas que podem ser fundamentais para a saúde e a satisfação conjugal.

O estudo em questão, intitulado “A Satisfação dos Orgasmos Femininos: A Relação Entre o Prazer Orgásmico das Mulheres e a Satisfação com o Relacionamento Sexual em Aotearoa/Nova Zelândia”, foi publicado na renomada International Journal of Sexual Health.

A autoria principal é de Alexandra Janssen, uma pesquisadora afiliada à Universidade de Manchester, no Reino Unido. Janssen, cuja pesquisa foca em temas de sexualidade, bem-estar e relacionamentos, tem se dedicado a explorar as complexidades da experiência sexual feminina e como ela se entrelaça com a satisfação interpessoal.

Sua metodologia rigorosa e foco em dados empíricos conferem grande credibilidade aos seus achados, oferecendo uma perspectiva valiosa para casais e profissionais de saúde.

Metodologia e principais descobertas

Para aprofundar-se nesse tema, Janssen e sua equipe conduziram entrevistas com aproximadamente 500 mulheres heterossexuais da Nova Zelândia. Todas as participantes estavam em relações estáveis há pelo menos um ano, garantindo que as observações se baseassem em experiências de longo prazo.

O cerne da pesquisa era compreender como diversos aspectos da vida sexual impactavam diretamente a felicidade dessas mulheres em seus relacionamentos. Entre os fatores analisados, a frequência das relações íntimas emergiu como um pilar fundamental para a satisfação.

Os resultados foram notavelmente claros e quantificáveis. O estudo revelou que um impressionante percentual de 85% das mulheres que mantinham relações íntimas pelo menos uma vez por semana reportaram sentir-se “sexual e relacionalmente satisfeitas”.

Esse número sofria uma queda considerável para 66% quando a frequência era de cerca de uma vez por mês. A diminuição mais drástica foi observada entre aquelas que tinham relações menos de uma vez por mês, com apenas 17% se sentindo satisfeitas nesse aspecto. Esses dados sugerem uma correlação direta e forte entre a regularidade da atividade sexual e a percepção de satisfação no relacionamento.

Alexandra Janssen enfatizou que uma atividade sexual menos frequente do que semanalmente estava associada a uma menor probabilidade de satisfação nas relações íntimas.

Casais Que Mantêm Relações Sexuais Menos De Uma Vez Por Semana Enfrentam Riscos Graves, Alerta Especialista
Direitos autorais: Reprodução / Canva

Além disso, a pesquisa trouxe à tona outras descobertas relevantes: mulheres que consideravam o sexo como “muito importante” em suas vidas tendiam a reportar vidas amorosas mais gratificantes em comparação com aquelas que atribuíam menos valor a essa dimensão. Este achado sublinha a importância da percepção individual sobre a sexualidade e como ela pode moldar a experiência no relacionamento.

Outro ponto crucial do estudo indicou que mulheres que experimentavam orgasmos mais regulares durante as relações tendiam a reportar maior satisfação. Este aspecto ressalta a importância da qualidade da experiência sexual, além da mera frequência.

Curiosamente, foi observado que mulheres acima dos 45 anos relatavam menos felicidade com a intimidade em seus relacionamentos. Este último ponto é de particular interesse e, segundo os pesquisadores, merece investigações futuras aprofundadas para entender os fatores subjacentes a essa dinâmica.

Limitações e contexto global

Como é comum em qualquer estudo baseado em questionários e auto-relato, os autores reconhecem algumas limitações. Entre elas, a impossibilidade de verificar todas as respostas individualmente e a necessidade de uma amostra mais diversa.

Isso significa que, embora os resultados sejam robustos para o grupo estudado, eles podem não representar perfeitamente a totalidade das mulheres em contextos culturais, sociais e etários variados. A equipe de Janssen já planeja estudos futuros para expandir a amostra e aprofundar a compreensão dessas nuances.

Para contextualizar os achados neozelandeses em uma perspectiva mais ampla, uma pesquisa conduzida no Reino Unido pela YouGov forneceu dados comparáveis sobre a frequência sexual. Essa pesquisa mostrou que 6 em cada 10 britânicos têm relações íntimas menos de uma vez por semana.

Apenas 1 em cada 10 tem uma frequência semanal, e somente 15% relatam uma frequência ainda maior. Comparando esses dados com os do estudo de Janssen na Nova Zelândia, percebe-se que uma parcela significativa de casais em diferentes partes do mundo pode estar operando abaixo do limiar que o estudo sugere como ideal para a satisfação sexual e relacional.

Isso levanta a questão de como a intimidade física regular pode ser mais explorada e valorizada para beneficiar o bem-estar conjunto dos casais.

Em suma, a ciência moderna, com base em estudos como o de Alexandra Janssen, sugere fortemente que manter uma frequência regular e qualitativa nas relações íntimas pode ser um fator crucial para a conexão e a satisfação geral em um relacionamento.

Portanto, entender, valorizar e priorizar os aspectos da vida sexual não é apenas uma questão de prazer individual, mas pode ser uma chave fundamental para a construção de um relacionamento mais feliz, saudável e duradouro.

Fonte: O Segredo

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