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CMDM debate com centenas de mulheres “Mais Democracia, Mais Igualdade e Mais Conquistas para Todas”

Foto destaque: Olga Cruz

Centenas de mulheres representantes da sociedade civil, de movimentos sociais e de organizações públicas e privadas, estiveram juntas, unidas no debate que teve como pauta principal “Mais Democracia, Mais Igualdade e Mais Conquistas para Todas”. A discussão fez parte da programação da 4ª Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres, realizada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) durante o dia desta quinta-feira (24), no Centro de Convivência do Idoso Vovó Ziza.

Foto: Semu

Estruturado em três eixos temáticos, o evento propôs o debate sobre a participação política paritária e o fortalecimento da democracia, o enfrentamento a todas as formas de violência de gênero e a promoção da autonomia econômica e inserção das mulheres no mundo do trabalho.

A vice-prefeita, Camilla Nascimento, a secretária da Semu, Angélica Fontanari e a coordenadora municipal da CMB e presidente do CMDM, Iacita Azamor

Dando boas-vindas e abrindo os trabalhos, a coordenadora municipal da Casa da Mulher Brasileira e presidente do CMDM, Iacita Azamor Pionti, reforçou a relevância do evento e dos temas abordados. “Vivemos uma verdadeira epidemia de violência, e, infelizmente, a mulher, que deveria ser mais protegida, continua sendo a que mais sofre. Hoje é um dia de luta por todas essas causas. É um momento muito importante, em que vamos apresentar as propostas e políticas públicas que serão levadas à conferência nacional.”

Em suas palavras, a secretária executiva da SEMU e vice-presidente do CMDM, Angélica Fontanari, destacou que a conferência tem como principal objetivo “discutir, propor e construir uma agenda de prioridades voltada às mulheres campo-grandenses, considerando os desafios e especificidades locais”.

A promotora de Justiça, Clarissa Carlotto Torres

Compondo também a mesa da abertura da solenidade, a promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Clarissa Carlotto Torres, avalia que a conferência acontece em um momento determinante. “A oportunidade de discutir políticas públicas em um momento em que, infelizmente, vemos retrocessos em vez de avanços, é essencial. Não podemos esquecer disso, assim como não podemos ignorar que a violência continua, e continua cada vez mais grave. A medida protetiva salva vidas. Quero reforçar isso para vocês: a medida protetiva tem esse papel, ela protege e ampara”, diz.

Carla Stephanini, coordenadora estadual da CMB

Para a coordenadora estadual da Casa da Mulher Brasileira, Carla Stephanini, a defesa dos direitos das mulheres exige compromisso constante. “Esse tema nos é muito caro, é muito importante, porque se nós queremos uma sociedade que seja inclusiva, que seja justa, e que seja igualitária, nós precisamos ter a presença e a voz das mulheres em todos os espaços de poder para romper desigualdade de gênero, para romper a violência praticada contra nós mulheres e para promover o efetivo direito das mulheres.”

Vereadora Luiza Ribeiro fazendo o uso da palavra

Presente no evento, a presidente da Comissão Permanente de Políticas e Direitos das Mulheres, de Cidadania e Direitos Humanos da Câmara Municipal de Campo Grande, vereadora Luiza Ribeiro, também ressaltou que é importante a união de todas na luta para que mais mulheres ocupem os espaços de decisão na construção de políticas públicas. “A representatividade feminina na política não é apenas necessária, ela é urgente. Somente com mais mulheres nos parlamentos, nos conselhos e nos governos poderemos transformar a realidade com justiça, igualdade e respeito”.

Camilla Nascimento, vice-prefeita e secretária de Assistência Social

Representando a prefeita Adriane Lopes no evento, a vice-prefeita e secretária de Assistência Social, Camilla Nascimento, defendeu que a justiça social só será alcançada com equidade. “Enquanto uma sociedade não promover a segurança das mulheres, não der voz às mulheres, não respeitar e não promover oportunidades, ela não será justa. Só será justa por meio de políticas públicas que atinjam todas as mulheres e não fiquem somente no papel”, afirma a vice-prefeita.

Mirella Ballatore, presidente da Associação de Mulheres com Deficiência de MS

Para a presidente da Associação de Mulheres com Deficiência de Mato Grosso do Sul, Mirella Ballatore, a conferência fortalece a participação coletiva e traz visibilidade às mulheres com deficiência. “Esse tipo de evento, assim como todas as outras conferências que ocorrem no Estado, servem justamente para que as críticas e propostas sejam levadas inicialmente ao nível municipal, depois ao estadual e, por fim, à esfera federal, em Brasília. Isso é fundamental para que as políticas públicas, especialmente no meu caso, voltadas às mulheres com deficiência e à defesa dos nossos direitos, possam, de fato, ser acessadas de forma justa e legal. Precisamos mudar o discurso, sair da invisibilidade e fazer com que as políticas públicas sejam construídas com participação, de forma pacífica e efetiva”, afirma Mirella.

A conferência realizada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), contou com o apoio da Subsecretaria de Políticas para a Mulher (Semu). As conselheiras municipais que compõem o CMDM participaram também do evento.

A participação no evento foi aberta a representantes de instituições públicas e privadas, movimentos sociais, universidades, conselhos de direitos, além de integrantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A defensora pública Zeliana Sabala também prestigiou a conferência, que parte da manhã ocorreu palestras e no período da tarde, oficinas.

Olga Cruz

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