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Feminicídio: Homem mata esposa na frente dos filhos em Corumbá

O luto e a indignação voltam a assombrar Mato Grosso do Sul com mais um trágico caso de feminicídio, que ocorreu na noite do último sábado (2) em Corumbá. Em uma fazenda na região do Passo do Lontra, uma área pantaneira do município, a vítima, identificada como Salvadora, foi brutalmente assassinada a tiros pelo seu companheiro, José Cliverson.

O crime, que chocou pela sua violência, foi presenciado pelos cinco filhos do casal, todos menores de idade, que agora terão que conviver com a imagem do assassinato de sua mãe. Segundo informações da Polícia Militar, o casal, que trabalhava como caseiro na propriedade, teria se desentendido após o consumo de bebidas alcoólicas, culminando na agressão fatal.

O crime foi denunciado por um comerciante da região, que alertou uma equipe da  que patrulhava nas proximidades.

Os policiais chegaram à fazenda por volta das 23h e encontraram o autor dormindo ao lado do corpo da vítima no quarto.

Salvadora estava deitada de costas, com ferimentos no queixo e no tórax, provocados por arma de fogo. Próximo ao corpo estavam uma espingarda calibre 22 e o celular da vítima.

Cinco crianças estavam na casa no momento do crime, sendo três filhos do autor e dois da vítima. Três delas, todas com idades entre 2 e 8 anos, estavam no mesmo cômodo e, segundo a polícia, provavelmente presenciaram o assassinato.

José Cliverson confessou o crime aos policiais, dizendo que “fez uma cagada”. Este já é o 21º caso de feminício em MS.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e confirmou o óbito. O autor tentou fugir pela BR-262, mas foi localizado ainda dentro da fazenda. Ele possuía um mandado de prisão em aberto e foi preso em flagrante.

O caso é investigado pela Polícia Civil de Corumbá como feminicídio.

Machismo e violência cultural

Infelizmente, o caso de Corumbá se soma a uma estatística alarmante que assola o Mato Grosso do Sul. O Estado segue entre os líderes nacionais em taxa de feminicídio, com uma média de uma mulher assassinada a cada oito dias. A violência doméstica e a presença de bebidas alcoólicas, como no crime da fazenda, são fatores recorrentes nessas tragédias.

Diante de números tão cruéis, é imperativo que a sociedade e as autoridades se unam para combater essa violência de forma efetiva. Mais do que lamentar, é preciso agir, fortalecendo as redes de apoio às mulheres, punindo os agressores e, sobretudo, educando para a cultura do respeito e da igualdade. O silêncio e a omissão não podem mais ser cúmplices dessa barbárie.

Olga Cruz

*Com informações do Primeira Página e sites de notícias

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