Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande. (Foto: Maxsandro Martins)

O fim de semana foi de violência para mulheres que residem em Campo Grande. Somente no domingo, 7 de dezembro, quatro boletins de ocorrência foram registrados na Deam (Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher).

No caso mais grave, um homem de 50 anos esfaqueou a vizinha de 59 e a agrediu de forma tão contundente que lhe arrancou dois dentes. A mulher tentou proteger a esposa do agressor, que seria o alvo da facada.

Tudo ocorreu em um terreno com duas casas no bairro Jardim Centro-Oeste, na presença de quatro crianças: um bebê de 10 meses e três meninas de 2, 3 e 6 anos. Ele foi preso, após tentar se esconder dentro da residência em que mora com a família.

No mesmo bairro, mas em um residencial de casas populares, uma mulher de 50 anos foi agredida pelo ex-marido, de 56, ao tentar auxiliar o filho que reside com o pai e estava passando mal. A motivação da agressão, contudo, não era o contato da mãe com o jovem e sim ciúmes, conforme o boletim de ocorrência.

No Centro, um casal estava bebendo, quando em determinado momento houve uma discussão. O homem passou a enforcar a companheira e, em seguida, a ameaçá-la. Ele, que usa tornozeleira eletrônica, foi encaminhado à Deam.

Feminicídios

Em comparação aos números coletados na última década, 2025 já ocupa o 3° lugar no ranking de anos mais letais às mulheres em Mato Grosso do Sul, perdendo apenas para 2020 com 40 mortes e 2020 com 44. Os dados são do painel da violência que aponta 38 feminicídios somente este ano no estado.