Lançado no “Etapa I – Planejamento para uma Gestão de Integração e Ações já realizadas”, no início de maio, o programa Minhas Raízes começa a apresentar frutos. Nesta quinta-feira, 25 de maio, data em que se comemora o Dia Nacional da Adoção, foi registrado o primeiro contato de uma pessoa adotada em Mato Grosso do Sul, em 1992.
O programa Minhas Raízes é uma iniciativa da Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ), em parceria com a Vara da Infância, da Adolescência e do Idoso de Campo Grande, objetivando disponibilizar à pessoa que foi adotada, de forma rápida e eficaz, o acesso ao seu processo de adoção e ao de destituição do poder familiar, permitindo-lhe conhecer sua história e a sua origem biológica.
A primeira pessoa requerente do programa reside no Rio Grande do Sul. Ao solicitar as informações, ela informou que a mãe teria falecido no parto e que foi entregue pela avó materna para os adotantes. A requerente informou ainda que sempre esteve em busca de suas origens e que isso será possível agora por meio da proposta do TJMS.
Assim, por meio de um requerimento eletrônico, os interessados solicitam os dados constantes em seus processos de adoção, existentes nos arquivos do Poder Judiciário de MS. Uma vez localizados pela equipe da CIJ, e o devido encaminhamento ao juízo responsável pela adoção, os arquivos serão disponibilizados para consulta pelos requerentes.
A juíza Katy Braun, idealizadora do programa, ressalta que a busca por informações sobre a origem não é uma traição à família adotante, mas revela que essa família não tratou a adoção como um tabu, permitindo que a pessoa adotada conheça sua história e tenha saúde emocional para acessar o passado. “Isso não enfraquece os laços que a pessoa adotada estabeleceu com a nova família. Não há concorrência entre as famílias, pois em um grande coração há lugar para todos”, disse.
Entenda – De acordo com o programa, a CIJ já identificou o processo de adoção da primeira requerente e iniciou os procedimentos para encaminhar a solicitação ao juízo correspondente.
Posteriormente, as informações serão analisadas e, após o deferimento do juízo competente, serão compartilhadas as informações com a requerente, que decidirá se deseja entrar em contato ou não com a família biológica.