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Primeira Infância: “A criança não pode esperar”

A afirmação foi feita pela doutora em Educação e professora da UFMS, há mais de 35 anos, a pedagoga Ângela Maria Costa, que utilizou a Tribuna na sessão de terça-feira (8), para defender políticas públicas para a primeira infância. O convite foi feito pelo vereador Professor Juari.

“A partir da Constituição Federal, mudou-se tudo no conceito de direitos da criança. Ela passou a ser cidadã de direitos. Ela tem a prioridade nas políticas públicas brasileiras. Deveria ter, mas não tem. Esses jovens que estão soltos no mundo foram construídos por essa sociedade e não tiveram seus direitos contemplados”, afirmou.

No mês de julho, o Governo Federal sancionou a Lei 14.617/23, que faz de agosto o Mês da Primeira Infância, durante o qual deve ocorrer a promoção de ações de conscientização sobre a importância da atenção integral às gestantes e às crianças de até seis anos de idade e às suas famílias. A primeira infância é o período que vai de zero a seis anos de idade.


“A educação infantil, a creche, é responsabilidade do município. Hoje, temos 8 mil crianças esperando vagas em creches. A cada ano que passa, elas estão perdendo seus direitos. A criança não pode esperar o amanhã e isso é uma vergonha. A criança perde um potencial enorme de desenvolvimento”, continuou.

“Quando você trata da criança, você trata da mãe, da família e da comunidade. A creche é começar pelo começo. Essa rede de proteção à criança está furada e não funciona. A responsabilidade é dos municípios sim. Se não cuidarmos dessa primeira infância, da gestão aos seis anos, não adianta depois querer resolver o problema da educação no ensino médio”, finalizou.

Redação 

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