Nesta semana em que comemorei meu aniversário, passei por muitas emoções com demonstração de carinho e apreço de amigos(as) que por vezes longe dos olhos, mas sempre presentes em meu coração e lembrança, e pensando como advogada imaginei o contrato que se forma numa amizade, com duas partes.
No entanto, muito mais profundo que um instrumento legal com clausulas definidas, tempo determinado ou outras limitações que um contrato formalizado apresenta e exige.
A amizade é uma das coisas mais importantes na vida de uma pessoa. Trata-se de partilhar alegrias e tristezas, sucessos e fracassos, expectativas e desilusões. Alguém uma vez disse, se tens um amigo(a), tens tudo, e não poderia estar mais certo.
Em uma amizade nós nos encontramos, nos tornamos mais solidários e mais responsáveis. Uma amizade nos torna pessoas melhores pelo simples fato de nos fazer mais conscientes um com o outro.
O amigo(a) é aquele que vem espontaneamente estar ao seu lado, que lhe diz tudo aquilo que as outras pessoas não teriam coragem de dizer sempre pensando no seu melhor. Ser amigo(a) é aceitar o outro do jeito que ele é e respeitá-lo em suas escolhas. Vai muito além de concordar com tudo o que o amigo(a) faz.
Um(a) amigo(a) te resgatar de um dia mais vazio, te impulsiona para frente. Um(a) amigo(a) divide com você os momentos bons assim como os ruins, tanto os seus quanto os dele. Um(a) amigo(a) te mostra onde você está errando, não para apontar o dedo, mas sim para ver o seu crescimento e evolução.
Uma amizade se trata de reciprocidade, se trata de afeto. Uma amizade te preenche. Talvez a amizade seja a relação mais importante, simplesmente pelo fato de estar presente em todas as relações.
Em um namoro, é imprescindível ter amizade, em uma relação de pais e filhos, nem se fala. Enfim, em todos os relacionamentos temos que ter a amizade e o respeito para que ele continue.
Temos vários tipos de amigos(as). Temos aquele que é engraçado, o nerd, o sonhador, o corajoso, o preocupado, o desencanado, o amigo-irmão, amiga-irmã, o(a) consumista, o(a) baladeiro(a), o que fala tudo e também aquele quietinho, que fala pouco, mas que quando fala, você para e pensa, ainda bem que tenho um(a) amigo(a) assim.
Temos de todo tipo e vou te falar, como é bom ter amigos(as).
Pense que tipo de amigo(a) você é? Sabe ser amigo(a)em todas as horas e entender os defeitos e dificuldades do outro sem julgar, mas apenas ouvir ou fornecer seu ombro, dar aquele abraço apertado e sorrir ou chorar junto, entender o atraso ou caminhar lado a lado mesmo que sobre pedras ou montanhas, ficar ao lado nas adversidades ou enfermidades, rezar de mãos dadas, olhar com carinho nas inseguranças, enxergar o que vai na alma e o que pulsa no coração, então pode dizer de peito aberto: – eu sou amigo(a), assim mesmo sem contrato, sem medidas e sem medo de ser feliz!
Dra. Iacita Azamor Pionti
Advogada e presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres





