O vídeo de uma apresentadora de TV americana respondendo ao e-mail enviado por um telespectador ao vivo, viralizou na internet. Ela foi chamada de gorda pelo telespectador, que a ofendeu com várias comparações e interpretações pessoais. Sem deixar por menos, a apresentadora resolveu responder à altura, e ao vivo para que o caso se tornasse público. Vale dizer que o ocorrido foi em 2015, mas infelizmente, o assunto ainda continua muito atual.
Em um dos relatos do e-mail, o homem disse: “Eu me surpreendi ao testemunhar que sua condição física não melhorou em todos esses anos, certamente você não se considera um exemplo adequado para os jovens. (…) A obesidade é uma das piores escolhas que a pessoa pode fazer.”
Com elegância, a apresentadora rebateu e respondeu com um comovente discurso. “A verdade é, eu estou acima do peso, você pode me chamar de gorda ou até de obesa, mas, você acha que eu não sei disso, e que suas palavras cruéis apontam para algo que eu não vejo?”.
Para contextualizar a abordagem, a mulher continuou o seu discurso e enfatizou o bullying e as suas consequências. Com toda classe, ressaltou que era adulta e sabia se defender, mas frisou a importância do poder das palavras principalmente quando se trata de crianças que, a cada dia, sofrem mais com “brincadeiras” grosseiras como essa.
Confira o vídeo https://youtu.be/i9YUNY79hN8
*Depreciar as pessoas por sua condição física, ou por qualquer tipo de outra situação, não cabe mais nos dias em que vivemos.
É verdade, que há pessoas que convivem bem com isso, que levam na “esportiva” e até fazem piadas consigo mesmas e com os outros, até aí sem problema algum. Mas “há pessoas e pessoas”. Nem todos conseguem levar na “esportiva”.
Situações como essa, vivida pela apresentadora, ser depreciada por uma pessoa que ela nem conhecia ou convivia, já levou muitas pessoas a trazerem consigo diversos problemas psíquicos e na autoestima. Problemas carregados por anos que, muitas vezes, influenciam na capacidade de viver, trabalhar, e até de manter relacionamentos saudáveis com outras pessoas, quer seja no campo amoroso ou da amizade.
Vivemos em um mundo com muitas diferenças. O que muitas vezes não me machuca, pode sim machucar o outro. Não é engraçado quando somente um lado se diverte, enquanto o outro lado é entristecido e machucado.
Que possamos, cada vez mais, ter empatia pelas pessoas e pela dor do outro, isso é praticar o bem de verdade, como nos ensinou Jesus Cristo, São Francisco de Assis, Madre Tereza, João Paulo II, Martin Luther King, Padre Cícero…
Olga Cruz