A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, sancionou a lei n. 7071/2023 que institui o dia 1º de março como Dia do Tereré na Capital. De acordo com o texto que traz alusão ao término da Guerra do Paraguai, a data entra para o calendário oficial de Campo Grande.
Desta forma a mistura de erva-mate com água gelada, vinda para o Brasil através de paraguaios e indígenas, agora tem um dia para ser comemorado.
E o mais importante, para nós que crescemos admirando a bebida e vendo sua disseminação entre a população foi uma alegria.
Além disso temos que a lei vem para manter viva a tradição e a cultura, reunindo famílias e amigos em momentos descontraídos.
E não se pode deixar de ressaltar que a bebida fomenta o comércio e o artesanato da Capital através da venda de cuias e garrafas térmicas personalizadas, guampas e da própria erva-mate.
A sanção da lei que institui o Dia do Tereré é o reconhecimento do poder público acerca da importância deste aspecto cultural tão vivo em nossa cidade.
Ressaltando que a lei não reconhece apenas a bebida típica, mas tudo o que envolve o hábito de tomar tereré para o campo-grandense.
Em dezembro de 2020, a bebida foi declarada como patrimônio imaterial da humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
Mesmo feitas da mesma planta, a erva-mate, o chimarrão e tereré possuem suas diferenças. Enquanto a erva do chimarrão é moída e fina, a do tereré é triturada e mais grossa.
A erva-mate moída e grossa é menos tempo socada. O sóque é o último processo pelo qual a erva-mate passa antes de ser embalada. É por ser menos socada que seu sabor é mais forte e preserva mais as propriedades medicinais da erva-mate. Já a erva-mate tradicional e a nativa são mais finas e seu sabor é mais suave — relatou Rejane Rudiger, secretária executiva do Instituto Escola do Chimarrão, de Venâncio Aires (RS).
Em nossa capital temos gauchos que usam o chimarrão com a Agua quente, mas o terere é o preferido por conta do nosso clima quente e seco.
E sempre importante que o poder público tenha a sensibilidade de acompanhar as preferências de seus cidadãos e prestigiar tradições, sem medo de ser feliz!
Dra. Iacita Azamor Pionti
Advogada e superintendente da Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande-MS