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Casos de hepatite A disparam 325% no Brasil, e transmissão sexual sendo a principal causa

Teste para detecção da Hepatite A. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

O Brasil enfrenta um cenário alarmante de hepatite A, com um crescimento de 325% nos casos entre 2022 e 2024, segundo dados do Ministério da Saúde. A doença, tradicionalmente associada ao consumo de água e alimentos contaminados, agora se espalha principalmente por transmissão sexual, afetando sobretudo homens jovens.

Antes comum na infância, a hepatite A teve sua incidência drasticamente reduzida em crianças após a introdução da vacinação pelo SUS em 2014 queda de 99,9% entre menores de 9 anos.

Adultos jovens, especialmente homens de 20 a 39 anos, tornaram-se o novo grupo de risco. Em 2024, foram registrados 2.653 casos em homens contra 885 em mulheres, uma proporção de três para um.


Segundo o boletim

A maior alta ocorreu entre os jovens de 20 a 24 anos, com aumento de 524,7% nos casos, de 77 registros em 2022 para 481 em 2024.

A mesma tendência foi observada nas demais faixas:

  • 25 a 29 anos: de 114 para 707 casos (+510,9%)
  • 30 a 34 anos: de 103 para 625 casos (+506,8%)
  • 35 a 39 anos: de 82 para 461 casos (+462,2%)

O avanço da doença concentra-se nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com taxa de incidência saltando de 0,4 para 1,7 casos por 100 mil habitantes. Especialistas atribuem o aumento à baixa cobertura vacinal nessa faixa etária e às relações sexuais desprotegidas.

Diante do surto, o governo federal ampliou a vacinação para grupos prioritários, como usuários de PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV) e homens que fazem sexo com homens (HSH). A medida visa frear a disseminação em um contexto onde a via sexual se consolida como principal forma de contágio.

Autoridades reforçam a importância da imunização e do uso de preservativos para conter a escalada da doença.

Fonte: Primeira Página

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