Em um ano marcado pela intensa colaboração de entusiastas da vida selvagem, a plataforma de ciência cidadã Biofaces revela as 10 melhores fotografias de animais de 2023, provenientes de registros enviados por mais de sete mil usuários em todo o mundo. Os registros foram divulgados nesta sexta-feira (22).
A seleção, cuidadosamente escolhida com base na raridade ou na dificuldade de observação do animal, bem como na beleza e qualidade técnica do registro, destaca a diversidade incrível da fauna global. Dos 31 mil registros recebidos, apenas os melhores foram destacados, representando a paixão e dedicação de uma comunidade comprometida com a preservação da natureza.
A Biofaces, plataforma fundada pelo amante da natureza e advogado Leonardo Avelino Duarte, que foi presidente da OAB/MS, serve como um espaço para a publicação de fotos, sons, vídeos e estudos da fauna, proporcionando uma comunicação valiosa entre os colaboradores interessados no tema. Em 2023, a plataforma experimentou um crescimento notável, recebendo quase 600 novos usuários e mais de mil novas espécies cadastradas, totalizando 19.353.
Uma das fotos destacadas apresenta um raro flagrante de um filhote de onça-pintada, capturado na cidade de Miranda, no Pantanal sul-mato-grossense, pelo especialista em onças Eduardo Fragoso, coordenador científico do Onçafari. A imagem não apenas captura a beleza do animal, mas também faz parte de um estudo de longo prazo sobre a dinâmica populacional da espécie.
Outro destaque é a extraordinária imagem de um raro veado-campeiro albino, capturada em outubro na mesma cidade da onça, pelo biólogo Gustavo Figueirôa, diretor do SOS Pantanal. A foto, que teve enorme repercussão nas redes sociais, destaca não apenas a raridade do animal, mas também a importância da conservação dessas espécies únicas.
Além do reconhecimento estético, a Biofaces desempenha um papel crucial na ciência cidadã, contribuindo para o conhecimento e conservação das espécies. Em 2023, a plataforma registrou 519 novas espécies de invertebrados, 156 de aves, 70 de anfíbios, 55 de répteis, 51 de mamíferos e 20 de peixes.
Letícia de Moura, bióloga e moderadora da plataforma, destaca a importância científica da Biofaces, revelando que muitos pesquisadores utilizam os registros para estudos e revisões taxonômicas. “Ou a humanidade se conecta com a natureza ou não sobreviveremos”, ressalta Leonardo Avelino Duarte, reforçando a relevância do hobby de observação de vida selvagem para a integração do homem com a multiplicidade de vida que o cerca. A Biofaces continua a ser uma plataforma vital na promoção da consciência e conservação ambiental.
Para explorar as melhores fotografias de animais de 2023 e contribuir para a ciência cidadã, visite www.biofaces.com
*Imagem destaque: lêmure negro, de Madagascar.
Redação