Há dois dias, Campo Grande sedia o Congresso Brasileiro das Academias Estaduais de Letras 2023. A abertura realizada na manhã de quinta-feira (19), no Bioparque Pantanal, reuniu representantes de 20 academias federativas oficiais dos estados e membros da ABL – Academia Brasileira de Letras. O evento conta com o apoio do Governo do Estado, por meio da Setescc e Fundação de Cultura.
Personalidades de nosso Estado prestigiaram a abertura do congresso, como a ex-senadora e conselheira aposentada do TCE-MS, Marisa Serrano, que também é vice-presidente e ocupa a cadeira 30 na Academia Sul-Mato-Grossense de Letras. O secretário da Segov, Pedro Caravina. O vereador Ronilço Guerreiro, conhecido por ser um forte defensor da leitura entre os campo-grandenses. O professor Pedro Chaves que ocupa a cadeira 19, e o segundo tesoureiro da ASL, Américo Calheiros, que ocupa a cadeira 7, também prestigiaram o congresso.
“Uma iniciativa histórica para Mato Grosso do Sul. É um investimento para o Brasil. A literatura é importante pois mostra a força, cultura, pensamento e o que pode representar na evolução social da população brasileira”, pontuou Henrique de Medeiros, presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras.
Presente na solenidade de abertura, o governador Eduardo Riedel destacou a importância do incentivo e da preservação cultural e artística do Estado. “Na semana passada o Estado completou 46 anos de criação, e a Academia Sul-Mato-Grossense de Letras tem mais de 50 anos. O Mato Grosso do Sul tem crescido e se desenvolvido, e precisamos continuar a valorizar nossas referências”.
O secretário da Setescc, Marcelo Miranda, pontuou que o governo do Estado vem trabalhando para valorizar cada vez mais o trabalho entre as secretarias e os eventos no Estado. Para ele, receber um encontro como esse, é uma responsabilidade e uma honra.
“Um congresso que traz as Academias Estaduais aqui para Mato Grosso do Sul, isso valoriza a nossa cultura e valoriza o trabalho brilhante que a Academia Sul-Mato Grossense de Letras tem feito no Estado. Acredito que a literatura é uma das principais linguagens da nossa cultura e estimula o espírito crítico, resgata a memória de nossa história. Estou muito feliz de, juntamente com a ASL, estar realizando este evento”, destacou Marcelo Miranda.
Há mesno de um mês a frente da Fundação de Cultura de MS, o diretor-presidente Eduardo Mendes, ressaltou a grandeza e importância do congresso. “Da mesma forma que vocês abrem as portas para nós, através de nosso governador Eduardo Riedel e do secretário Marcelo Miranda (Setescc), a Fundação de Cultura abre as portas para a Academia e para a literatura. Porque a literatura é a arte produzida com as palavras, então não tem como, nós não estarmos atentos a isso”.
Ocupando a cadeira 32 da ASL, o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, desembargador Sérgio Fernandes Martins, destacou ao MS DELAS que há mais de 10 anos que o congresso não estava sendo realizado no Brasil.
“Mato Grosso do Sul possui uma cultura muito rica e bem consolidada no mundo todo, e com este evento, Campo Grande está sendo o centro da literatura, das letras e da cultura nacional. Estamos muito felizes em ter aqui hoje representantes das academias estaduais de todo o Brasil, e da Academia Brasileira de Letras, o que significa que estamos sendo reconhecidos, na medida que esses intelectuais atenderam ao chamamento do nosso presidente Henrique de Medeiros para participarem deste evento, que com certeza marcará época”, pontuou o desembargador.
Para a imortal da ASL (cadeira 31), Lenilde Ramos, o congresso realizado em MS é uma experiência fantástica, tanto para a Academia Sul-Mato-Grossense de Letras como para o Estado. “Mato Grosso do Sul é um estado de vanguarda, temos artistas reconhecidos mundialmente, expressões artísticas e culturais que estão em todo o Brasil, e nada mais significativo do que as expressões culturais brasileiras virem até Mato Grosso do Sul e compartilhar conosco dessa efervescência cultural”.
A iniciativa da ASL tem como finalidade promover uma maior integração nacional das academias, como importante vetor para o desenvolvimento da cultura do país. A Academia tem entre seus membros, em MS, historiadores, romancistas e cronistas, desempenha com suas atividades papel primordial na difusão da cultura sul-mato-grossense.
Conheça mais
A ASL foi fundada em outubro de 1971, com o nome de Academia de Letras e História de Campo Grande. E quando Mato Grosso do Sul foi fundado, com a capital Campo Grande, a academia municipal passou a ser estadual.
Com 40 cadeiras e nos moldes da Academia Brasileira de Letras, a ASL busca valorizar escritores que ajudaram na difusão da educação e no incentivo à leitura. Nomes importantes como Paulo Coelho Machado e Manoel de Barros passaram pela instituição. Atualmente são 34 titulares, um aguardando posse e cinco cadeiras vagas.
A sede própria da ASL foi inaugurada em 25 de agosto de 2017, projeto concretizado com investimentos de R$ 2 milhões do governo do Estado como parte do Programa Obra Inacabada Zero. O prédio possui arquitetura moderna, assinada por Otávio Loureiro e Helena Adri, com auditório para 240 pessoas, biblioteca para armazenamento de 4 mil exemplares de livros e salas para as equipes técnicas e para os 40 acadêmicos titulares da ASL.
Olga Cruz
