O tema foi abordado no painel que encerrou o 1º Congresso dos Municípios de Mato Grosso do Sul, no fim da tarde de quarta-feira (4). Conduzido pela primeira-dama do Estado, Mônica Riedel, o assunto foi amplamente debatido pelas convidadas, como a prefeita de Campo Grande Adriane Lopes, a desembargadora Jaceguara Dantas, a deputada Mara Caseiro, a primeira-dama de Três Lagoas, Leide Dayane, a vereadora de Aral Moreira, Verinha, e as prefeitas de Naviraí e Sidrolândia, Rhaíza Matos e Vanda Camilo.
Em sua apresentação, Mônica Riedel destacou a importância de ações transversais e também compartilhou parte de sua história de vida. Designer de formação, ela contou que se aproximou da carreira pública ainda em Maracaju, prestando serviços na área de design. Mas com o passar do tempo, acabou se dedicando aos negócios da família, e voltou a ficar próxima do setor público com a entrada de Eduardo Riedel como secretário na gestão do governador Reinaldo Azambuja, em 2015.
“Mas nem de longe essas experiências se parecem com o que aconteceu na campanha (de 2022 em que Riedel foi eleito governador) em diante. Ali ampliou meu horizonte. Foi um choque de realidade onde passei a ver coisas que não via antes”, compartilhou Mônica, pontuando que, mesmo envolvida na gestão de Eduardo Riedel, escolheu não assumir nenhum cargo específico, podendo assim apoiar ações nas mais diversas áreas.
Em sua palestra, a prefeita da Capital Adriane Lopes, por meio de um vídeo, apresentou dados e contou sobre seu trabalho como gestora pública. “Em tão pouco tempo que assumimos a prefeitura de Campo Grande, mexemos nas estruturas de todos os setores. Em nossa gestão, as mulheres são maioria nos cargos de liderança e nos principais cargos de poder. Estamos trabalhando na gestão pública em todas as suas versões, com foco no Desenvolvimento Econômico, e com a Rota Bioceânica precisamos nos apropriar e trabalhar a política pública preparando e capacitando as pessoas para esse desenvolvimento. E em nossa Capital estamos trabalhando projetando Campo Grande para o interior do Estado, para o Brasil e o mundo”.
Adriane Lopes destacou também que o posicionamento de Mônica tem sido exemplo e inspiração a muitas mulheres, e homenageou a primeira-dama do Estado com um arranjo de orquídeas. “Não só a mim, mas a muitas mulheres em Campo Grande e em Mato Grosso do Sul, com seu equilíbrio, ponderação e respeito”.
A desembargadora do TJMS, Jaceguara Dantas trouxe em sua apresentação slides com números sobre a participação das mulheres na política, gestão pública e no judiciário. Mesmo sendo mais de 51% da população brasileira, as mulheres ocupam uma quantidade aquém de postos nessas áreas.
“Por isso precisamos falar em paridade de gênero na gestão pública. Falar em mulher na gestão pública é falar na promoção dessas mulheres, nos cargos de decisão, não só nos cargos subalternos. Para uma administração pública ser democrática ela tem que incluir a mulher de forma efetiva, tem que ter pluralidade, ter mulheres nos espaços de decisão”, pontuou.
Além disso, a desembargadora traçou uma linha do tempo contando a luta das mulheres por direitos e oportunidades no Brasil. Nesse ensejo, ela elogiou a primeira-dama Mônica Riedel. “É alguém a qual tenho profunda admiração e respeito, uma pessoa simples e que sempre se coloca de maneira humana”, disse Jaceguara Dantas.
Olga Cruz