A Tok&Stok tem “insolvência constatada” e é “necessária a decretação de falência”, disse a Domus Aurea Serviços de Tecnologia, uma fornecedora da varejista.
A fornecedora, representada pelo escritório Monteiro de Castro Setogui Advogados, alega dívida no valor de R$ 3,811 milhões, segundo a publicação, que diz ter acessado o processo protocolado na 3ª vara de Falências e Recuperações Judiciais, em São Paulo, no último dia 18 de abril.
A Domus alega que a Tok&Stok não pagou três das parcelas firmadas em um contrato de R$ 26,385 milhões (que somariam R$ 3,811 milhões) e pede que a empresa deposite o valor total mais correção monetária, juros e honorários, ainda segundo a publicação.
A empresa não tem comentado publicamente em meio ao fechamento de lojas em busca de uma reestruturação financeira.
Nas últimas semanas, a varejista de móveis já tinha fechado duas lojas em Fortaleza (CE). O movimento ocorre após a empresa contratar a consultoria Alvarez & Marsal para formalizar uma reestruturação financeira.
Crise
Segundo fontes da Bloomberg Línea, a possibilidade de recuperação judicial não foi descartada e está na pauta dos gestores da empresa. Além disso, fontes do veículo destacaram que os fechamentos devem ocorrer até o fim deste mês e que outra unidade em risco é a do Praia de Belas Shopping, localizado na capital gaúcha.
Os últimos dias foram marcados por demissões no alto escalão da empresa. Eduardo Henrique Sampaio (COO), Clarice Sangalo Feitosa (diretora de operações vendas-loja) e Ana Cláudia Moura foram desligados da operação.
Uma das hipóteses do mercado para a crise na Tok&Stok é de que a empresa teria feito um grande estoque para o Natal e não conseguiu desová-lo como planejado, desorganizando o capital de giro. Todo o segundo semestre de 2022 foi de vendas baixas para as varejistas de modo geral. O setor vem de dois anos de dificuldades, com o salto dos juros em um momento de alto endividamento após a pandemia de Covid-19.
Redação