O evento inédito realizado pelo Ministério das Mulheres, reuniu nesta semana em Brasília, nos dias 17 e 18 de julho, representantes das 7 Casas da Mulher Brasileira do País. Carla Stephanini, Subsecretária de políticas para a Mulher de Campo Grande e gestora da Casa da Mulher Brasileira na Capital, participou do encontro, que teve como objetivo fortalecer a troca de experiências entre coordenações e colegiados gestores das unidades da CMB.
“A Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande MS completou neste ano, 8 anos de existência, sendo referência nacional. Na oportunidade foram apresentadas as experiências das Casas da Mulher Brasileira das cidades em que estão presentes, e também participamos de oficinas temáticas para o aprimoramento dos serviços prestados na instituição”, conta Carla Stephanini que esteve acompanhada da Superintendente da Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande, Tai Loschi.
Presente também no encontro, a subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Cristiane Sant’Anna, destaca que o 1º encontro foi uma grande oportunidade para padronizar os serviços para traçar um diagnóstico dos atendimentos às mulheres em situação de violência nos estados e municípios.
“Um momento muito rico para ouvir as experiências e os desafios de outras casas, percebemos que a Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande, continua sendo referência por ter sido a pioneira e ter conseguido desenvolver um bom trabalho junto a rede de atendimento e trabalhar de forma institucional”, ressalta Cristiane.
O encontro foi uma iniciativa da Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres do Ministério das Mulheres e faz parte da retomada do programa Mulher Viver sem Violência, anunciada no dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, e conta com a construção de 40 novas Casas em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A proposta é que os diálogos possam subsidiar a atualização das diretrizes e protocolos de atendimento da CMB. Na ocasião, o tema trabalhado foi a transversalidade das políticas para mulheres no enfrentamento às violências. Com oficinas temáticas sobre o projeto arquitetônico, sistema de dados, fluxo de atendimento, diversidade e governança das atuais e futuras CMB.
Coordenadora do Nudem – Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres, a defensora pública Zeliana Sabala ressalta que ter participado do encontro foi um momento único para repensar e avaliar os avanços que são necessários para alcançar o atendimento a todas as mulheres sem distinção de raça, cor, etnia, condição social, física e de saúde.
“Uma troca de experiências em que saímos fortalecidas, voltando para as nossas unidades na certeza de que estamos no caminho certo, mas que temos muito ainda o que percorrer para garantir que todas as mulheres sejam atendidas por esse instrumento público de acesso a proteção e a quebra do ciclo de violência contra a mulher”, finaliza.
A ideia do encontro é trocar experiências sobre o trabalho realizado na Casa da Mulher e também atualizar diretrizes e protocolos de atendimento, como explicou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
Já a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, destacou a importância do acolhimento diferenciado oferecido nas Casas.
A deputada estadual Gleice Jane (PT) também participou do 1º Encontro Nacional Das Casas da Mulher Brasileira. “Solicitamos à ministra das Mulheres Cida Gonçalves que em Dourados a nova unidade seja direcionada para atendimento das mulheres indígenas. Além disso, entregamos à ministra documento elaborado pela Coletiva Sempre Vivas – movimento que congrega mais de 30 movimentos e entidades – manifestando apoio a Cida Gonçalves e às politicas públicas para mulheres do Governo Federal”, explica.
As sete unidades em funcionamento estão localizadas nas capitais Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), São Paulo (SP), Boa Vista (Roraima), São Luís (MÁ) e na cidade de Ceilândia, no Distrito Federal.
Olga Mongenot