Natal…celebração do nascimento de Cristo, que por tradição ocorre na noite de 24 para 25 de dezembro.
No entanto, não é possível afirmar com certeza que Jesus nasceu em 25 de dezembro até porque a Bíblia não faz menção a nenhum dia específico do nascimento de Jesus. Inclusive, a palavra ‘Natal’ não aparece.
Na Bíblia, há relatos dos evangelistas sobre o nascimento de Jesus apenas para confirmar a maneira que Jesus nasceu.
Os calendários adotaram o dia 25 de dezembro, segundo historiadores, quando em 325, os cristãos, antes perseguidos no império romano, passaram a ter liberdade de culto, e em 380 o cristianismo se tornou a religião oficial dos romanos.
E, entre o sincretismo religioso dos romanos, um dos deuses mais importantes era Mitra, o deus-sol. A festa dele era comemorada justamente no dia 25 de dezembro: “provavelmente em um movimento missionário, aproveitando a deixa cultural existente, vez que havia toda uma tradição dos povos na antiguidade com o chamado Solstício de inverno no hemisfério norte. E entre os romanos havia a adoração do sol invicto. Então, foi uma oportunidade para os cristãos ressignificarem a festa” nessa data, os romanos celebravam a chegada do inverno (solstício de inverno). Eles cultuavam o Deus Sol (natalis invicti Solis), e ainda realizavam dias de festividades com o intuito de renovação”, escreveu Gerson Leite de Moraes, pastor e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
A partir do século IV, e com a consolidação da Igreja Católica em Roma, a festividade foi oficializada como dies natalis Christi (Natal de Cristo). Como não se sabe ao certo o dia em que Jesus nasceu, essa foi uma forma de cristianizar as festas pagãs romanas, dando-lhes uma nova simbologia.
O termo Natal tem origem na palavra do latim “natalis” que, por sua vez, é derivada do verbo nascer (nāscor).
A escolha da data foi ratificada em 350 d.C pelo Papa Júlio I (337-352).
Desde então, o Natal passou a ser comemorado em diversos países, normalmente marcado pela celebração da renovação e do nascimento.
O Natal traz, não só para os cristãos, mas para a maioria das pessoas, um desejo de fechamento e início de ciclos. Esperança e tempo de renovação fazem parte do espírito natalino.
Uma curiosidade é que o primeiro presépio foi montado por São Francisco de Assis no século XIII, na Itália, para recriar a cena do nascimento de Jesus e tornou-se uma tradição forte, simbolizando a união do divino com o terreno, afinal reúne pessoas, animais e a figura de Deus.
Apesar dos apelos comerciais para compra de presentes e ceia especial, o nascimento do menino Deus tem sido o ápice da comemoração e reflexão para os cristãos,
Que assim perdure por todos os séculos a imagem da manjedoura e a família, que representa a reflexão, a humildade, o amor ao próximo na nossa caminhada terrestre, sem medo de ser feliz!
Dra. Iacita Azamor Pionti
Advogada e superintendente da Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande-MS