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Governo está a um passo de receber habilitação para emitir créditos de carbono em MS

A participação do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul na COP 28 (Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas), que está sendo realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, já tem seu primeiro resultado efetivo. Representando o governador Eduardo Riedel, o secretário Jaime Verruck (Semadesc) deve assinar, já no início desta semana, na segunda-feira (4), um termo de cooperação com o Earth Innovation Institute para que Mato Grosso do Sul avance no processo de se habilitar para a emissão de créditos de carbono.

Com isso, empresas, indústrias e demais empreendimentos que adotarem modelos de produção sustentáveis e zerar, reduzir ou neutralizar suas emissões dentro do território sul-mato-grossense, poderão receber título de crédito de carbono (tonelada de CO2 ou equivalente reduzido, evitado ou sequestrado da atmosfera) emitido pelo próprio Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, com possibilidade de comercialização. Estados como o Acre, Tocantins e Espírito Santo também trabalham no mesmo sentido.

A informação foi dada pelo titular da Semadesc, sábado (2), após a participação da comitiva sul-mato-grossense na COP28 no painel “Financiamento Climático: Mecanismos e oportunidades”, organizado pelo ICLEI (Associação mundial de governos locais e subnacionais dedicados ao desenvolvimento sustentável), juntamente com o Consórcio Brasil Verde. 

O secretário Jaime Verruck foi moderador do painel, que teve como debatedores o governador de Tocantins, Wanderlei Barbosa; o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande; o presidente do Earth Innovation, Daniel Nepstad; do diretor-Executivo de Relações Corporativas e Bens de Consumo, Luís Bueno e do diretor de Soluções Climáticas Naturais e Bioenergia da Mercuria no Brasil, Celso Fiori.

“O painel teve como objetivo discutir quais os caminhos que os Estados brasileiros podem tomar para financiar essas atividades e, principalmente, gerar um volume de recursos em relação a crédito de carbono jurisdicionado, que é exatamente o crédito de carbono do Estado. O que ficou definido aqui, muito claramente, é que alguns estados já avançaram, e o Mato Grosso do Sul, em função de seu projeto de carbono neutro até 2030, tem uma grande oportunidade. Ainda durante a COP, provavelmente na segunda-feira (4), nós vamos assinar um termo de cooperação com o Earth Inovation, também permitindo o financiamento desses recursos para que a gente também tenha em nosso Estado um processo de crédito de carbono, chamado jurisdicionado, que será o crédito de carbono gerado pelo Governo de Mato Grosso do Sul”, revelou Jaime Verruck.

Participando do painel, o secretário-executivo de Meio Ambiente, Artur Falcette, destacou. “Nós estamos iniciando agora no nosso Estado o estudo técnico para dimensionar o potencial do nosso mercado, o potencial da emissão de créditos em programas de rede mais jurisdicional. Então, é importante estar aqui, porque tem vários painéis com essa temática, vários cases de sucesso no mundo que a gente pode estudar, e o painel que a gente participou foi uma oportunidade de estar com um instituto que é referência nesses estudos no mundo, que é o Earth Innovation Institute. Foi a oportunidade de estar com estados como Acre e Tocantins, que são referência no Brasil, para a emissão desses créditos”.

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