Foi o que afirmou a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), durante o discurso na Sessão Solene da Câmara em Comemoração ao “Dia Internacional da Mulher”, na sexta-feira (8). A progressista declarou que o respeito as mulheres deve andar junto no âmbito político, mesmo que os protagonistas estejam em partidos opostos.
“Estamos abrindo caminho para que outras mulheres amanhã também possam ocupar esse espaço e conquistá-lo. Não é fácil, mas eu digo para os homens que não viemos para a disputa com vocês. Viemos ombrear e mostrar que mulher também pode fazer gestão e estar na política. Respeito e dignidade, que é tudo que nós queremos e almejamos.”
Adriane Lopes foi uma das 50 personalidades homenageadas com a Medalha Legislativa “Celina Martins Jallad”, instituída pela Resolução nº 1.301/19 pela Câmara Municipal. Ex-deputada estadual e ex-conselheira do TCE/MS (Tribunal de Contas do Estado), Celina Martins Jallad era filha do ex-governador do estado, Wilson Barbosa Martins, e de Nelly Martins.
“A Celina foi uma mulher desbravadora. Para que estivéssemos aqui hoje, muitas nos antecederam e sofreram violência política, discriminação e não tiveram o microfone para falar. A Celina foi um exemplo de mulher na política para todas as campo-grandenses. Estar aqui hoje, com as homenageadas, é um prazer imenso e vou guardar isso no coração para sempre”, disse a prefeita Adriane Lopes.
Politicamente forte e com popularidade crescendo a cada dia, Adriane Lopes, enfatizou aos presentes, que mesmo estando no Progressistas, partido diferente de mulheres como a vereadora Luiza Ribeiro e a deputada Camila Jara do PT, o respeito pelo direito delas estarem exercendo as funções para as quais foram eleitas é fundamental.
Adriane Lopes é a primeira gestora de Campo Grande a ser eleita pelo voto, e promove o ineditismo no Executivo, com equidade e percentual de 40% dos cargos de comandos em secretarias exercidos por mulheres e por melhorias na administração em um mandato iniciado há 20 meses.
“Quero dizer a todas que queremos ser mulheres poderosas, que conquistam, vão à luta e não desistem na primeira dificuldade. Nós não queremos um poder emprestado, momentâneo. ‘Empoderar’ alguém é como emprestar algo por um tempo, dar um poder temporário e depois de certo tempo você tirar. O ‘empoderar’ é emprestar algo. E nós queremos ser poderosas, que não recuam e exercemos nossos direitos de fato. Sou a primeira mulher em 124 anos de Campo Grande a ocupar esse cargo de fato e de direito”.
Na história da cidade, em 1983, a presidente da Câmara, vereadora Nelly Bacha, esteve no Executivo por dois meses até a entrada de Lúdio Coelho e seu retorno à Casa de Leis.