Passageiros aguardam ônibus no terminal (Foto: Dyego Queiroz)
Após quatro dias de paralisação, a sexta-feira (19) amanheceu com o transporte público normalizado em Campo Grande. Nos terminais e pontos de ônibus cidade afora, usuários que, ao decorrer da semana, precisaram recorrer a carros de aplicativos, caronas ou caminhada, retomam a rotina.
O fim do impasse ocorreu ao longo da quinta-feira (18), após reuniões e tratativas entre sindicato, prefeitura, Câmara Municipal e governo do Estado. Um repasse de R$ 3 milhões que seria feito pelo Executivo estadual em janeiro foi antecipado ao Consórcio Guaicurus, colocando ponto final à greve.
A verba foi usada para quitar o salário atrasado de novembro e a promessa é de que ainda hoje seja depositado o 13° salário aos trabalhadores que fazem o transporte público funcionar. Diante do novo cenário, a frota começou a rodar pelas ruas da Capital por volta das 18h.
Por dia, mais de 100 mil usuários foram impactados diretamente, devido aos veículos estarem parados nas garagens. Além disso, o comércio da capital estima prejuízo milionário, devido à baixa procura da população às lojas, por não haver transporte público.
A queda de braço foi grande. Mesmo com determinações judiciais que previam multas diárias que superavam os R$ 100 mil, o sindicato se manteve firme e só retornou às atividades após o cumprimento real do que foi acordado.
Está prevista audiência com o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para pleitear que o valor acumulado pelos dias de paralisação seja abonado. Outro imbróglio é a determinação de intervenção no contrato com o Consórcio, também determinado pela Justiça.
Há prazo de 30 dias para que o Executivo Municipal nomeie um interventor no contrato da empresa, bem como apresente um plano de ação com cronograma para corrigir a prestação do serviço, sob pena de multa diária de R$ 300 mil.
O consórcio recorreu da decisão, mas até o momento o pedido não foi acatado.
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