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Uma estudiosa de dinâmicas afetivas revelou sugestões preciosas sobre perguntas a evitar num primeiro encontro, quando a meta principal é criar uma ligação realmente genuína e duradoura.
Construir uma impressão positiva é fundamental em qualquer encontro social — seja buscando um par romântico, um amigo ou até uma vaga de emprego — e, por isso, certos temas devem ser evitados.
O segredo de impactar logo no primeiro olhar
A especialista em sinais não verbais e pesquisadora, Vanessa Van Edwards, participou do podcast The Diary of a CEO, conduzido pelo britânico Steven Bartlett. Durante a conversa, ela ressaltou que raramente existe uma segunda chance para causar uma primeira impressão memorável.
Segundo a especialista, transmitir uma imagem interessante, perspicaz e genuína exige selecionar cada palavra com cuidado, permitindo que o interlocutor entenda suas reais intenções.
Vanessa é fundadora de um laboratório de comportamento humano onde desenvolve pesquisas sobre linguagem corporal, microexpressões, carisma e comunicação. Seu trabalho já foi apresentado em universidades e eventos de grande prestígio, além de ser autora de livros reconhecidos internacionalmente.
Para Vanessa, uma pergunta deve ser evitada logo no início de um encontro: “Com o que você trabalha?”. Embora pareça uma forma simples de descobrir como a pessoa ocupa seu tempo, ela argumenta que esse tipo de indagação pode sabotar o desenrolar de uma conversa interessante, reduzindo o outro a um título profissional ou a um status.
“Pare de perguntar ‘Com o que você trabalha?’, pare de dizer ‘Como você está?’ ou ‘Como vão as coisas?’. Se você fizer esse tipo de pergunta, é claro que a conversa não vai fluir — são as perguntas mais entediantes que existem”, afirmou.
A especialista propôs um desafio: passar 30 dias sem recorrer a esse tipo de pergunta. Segundo ela, o hábito pode soar invasivo, ainda que de forma inconsciente, e afetar negativamente as chances de criar conexão com alguém.
Ela explica que, ao fazer essa pergunta logo de cara, a mensagem implícita pode ser: “Quanto você vale?”. Isso pode ser particularmente desconfortável para pessoas que não se identificam com sua profissão atual, estão em transição de carreira ou preferem não ser rotuladas pela atividade que exercem.
Maneiras de construir vínculos genuínos
Em vez disso, Vanessa sugere perguntas mais abertas e envolventes, como: “Você está envolvido em algo empolgante ou criativo recentemente?”.

Essa abordagem constrói o que ela chama de “conexão com permissão”, ou seja, permite que a pessoa compartilhe o que considera realmente significativo. Além de estimular conversas mais interessantes, esse tipo de pergunta abre espaço para que o outro fale com entusiasmo, o que tende a gerar uma troca mais positiva e autêntica.
“Isso também rende bons ganchos para uma próxima conversa”, explicou. “Você pode dizer: ‘E aí, como está indo aquele projeto que parecia tão empolgante?’”
Outra pergunta recomendada para aprofundar o vínculo é: “Qual é o seu maior objetivo no momento?”. Além de promover reflexões, esse tipo de questionamento revela aspirações, valores e prioridades da pessoa.
Realizações e impacto de Vanessa Van Edwards
Vanessa é autora de best-sellers como Captivate: The Science of Succeeding with People (2017) e Cues: Master the Secret Language of Charismatic Communication (2022), este último listado entre os mais vendidos por grandes publicações.
Seu canal no YouTube ultrapassa 1 milhão de inscritos e 66 milhões de visualizações, com vídeos sobre carisma, empatia, liderança e habilidades sociais. Ela também oferece treinamentos e palestras em empresas de tecnologia, educação e inovação.
Seu objetivo é claro: ajudar as pessoas a desenvolverem conexões reais e significativas, baseadas em autenticidade e confiança, seja em relacionamentos pessoais ou no ambiente profissional.
Fonte: O Segredo