O ex-governador analisou o crescimento de MS e teceu críticas a Reforma Tributária: ‘Se não houver compensação, vamos perder’
Nesta segunda-feira, 31 de março, o ex-governador Reinaldo Azambuja, concedeu entrevista ao programa Tribuna Livre, da Rádio Capital 95,9 FM. Na conversa, o presidente do PSDB no Estado, abordou diversos temas, incluindo as realizações durante o seu mandato, Reforma Tributária, agronegócio, a boa gestão do atual governador Eduardo Riedel, fusão partidária e as perspectivas do futuro político de Mato Grosso do Sul.
O apresentador Marcos Faria pediu que Azambuja fizesse uma análise sobre a questão dos 79 municípios do Estado, que destes, 43 são administrados por prefeitos eleitos pelo PSDB, representando 56% dos municípios. Ele teceu uma análise do momento em que vive Mato Grosso do Sul.
“A gente faz uma análise positiva do momento que Mato Grosso do Sul vive hoje. Tem praticamente pleno emprego, crescimento econômico geração de oportunidade, diminuiu a pobreza e criou o ambiente favorável para os investimentos que têm sido atraído nas diversas áreas. Isso é fruto de uma política responsável que nós iniciamos em 2015, de reformas estruturantes e que deu credibilidade ao Estado, a política pública a geração das oportunidades, os programas sociais que nós implantamos e que foram mantidos pela equipe do Riedel”, pontuou.
O ex-governador também destacou que o momento de MS é de pujança, com uma projeção maior do PIB para 2025 em Mato Grosso do Sul. “Tudo com responsabilidade fiscal, o Estado tá bem administrado e a eleição passada dos 43 municípios que você falou Marquinhos, é muito ligado a isso. A população é sábia, ela quer bom gestores, pessoas que dêem conta de resolver os mínimos problemas locais, que traga oportunidades para onde ela vive e que gere oportunidade de crescimento nos municípios e no Estado. Hoje o governador está conversando com esses 79 municípios e eu mesmo, converso bastante com os gestores, porque eu acho que a nossa grande missão é criar modelos de gestão de resultados, não é ficar fazendo discurso”, declarou.
Azambuja ressaltou a importância da parceria com os municípios. “Vejo Mato Grosso do Sul Sul em um momento muito bom com as oportunidades, com um olhar realmente muito forte dos investidores, em um momento delicado no Brasil, que está na iminência de entrar num processo recessivo muito grande com o desequilíbrio fiscal. O Brasil precisa nesse momento ter um olhar para esse equilíbrio das contas públicas e principalmente no setor que é o carro chefe hoje que foi o que sustentou o Brasil que é o agronegócio. Acredito que a gente deva ter aí uma virada de chave para esse seguimento realmente continuar com crescimento que ajudou muito o País nos últimos anos”.
O apresentador Ben-Hur Ferreira lembrou que em 2015, Reinaldo Azambuja assumiu o Estado quando o Brasil estava em crise e que por isso teve promover umas reformas na gestão do Governo do Estado.
“A reforma de 2015 foram estruturantes ao Estado. Foi uma conjuntura que levaram MS a buscar o equilíbrio. Se você arrecada 100 e gasta 60 com folha, você tem uma margem muito pequena para aquilo que realmente incomoda a população, que é a saúde, educação, segurança pública, e aí nós invertemos o jogo, conseguimos diminuir o tamanho do gasto dentro do governo. Quando você gasta mais para dentro, não sobra para gastar para fora – que são as pessoas. Então o lema do nosso governo era ‘gastar menos com o governo, para gastar mais com as pessoas’”.

Reforma Tributária
Reinaldo afirmou também ser um crítico da Reforma Tributária. “Se não forem aprovadas as leis de compensação para Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso e o Espírito Santo, que são os estados que mais produzem mas consomem menos, vamos perder com a tributação em cima do consumo. Tributar sobre o consumo, nós é que vamos perder… se não tivermos na Constituição e as leis que garantam, nós vamos perder. Daí, coitado de quem vai governar o Estado a partir de 2030, porque vai faltar recurso. O relator da reforma olhou o Norte e o Nordeste de novo. Na Constituição de 1988, se você olhar o Fundo de Participação dos estados, ele foi 80% para esses dois estados, tanto que Mato Grosso do Sul, era o antepenúltimo porque tínhamos uma renda per capta inversa. Então estamos com esse problema na pauta novamente. Precisamos ter um olhar da classe política, dos senadores da bancada federal, nessas leis completares agora, porque o escopo da reforma já foi aprovado, agora, são as leis complementares. Os entes federados precisam ser respeitados”.
Reinaldo Azambuja também pontuou que sobre a o nterferência entre os Poderes. “Precisamos voltar cada um para o seu papel, o Executivo, executa, o Legislativo, legisla e o Judiciário, julga, e julgando, a gente respeita a decisão do judiciário. A interferência acaba causando um desequilíbrio entre os entes da federação e aí começa essa discussão acalorada. Um conflito que acaba prejudicando a população brasileira”, declarou.
Partido Político
“Eu tenho 30 anos filiado em um único partido que é o PSDB, pelas mãos de uma pessoa que eu admirava que era o senhor Ludio Coelho. Quem assinou a minha ficha de filiação, um homem em respeitado em Mato Grosso do Sul. E nós vamos fazer a transição Ben-Hur. Todos os partidos estão passando agora por um momento de fusão, incorporação. O Brasil não vai ficar mais com 32 siglas, vai ter um enxugamento aí de oito a dez partidos, vai diminuir o número de partidos. E o PSDB está num momento de fusão com algumas siglas, ou com PSD, ou com o Podemos, ou com o Republicanos. Como tesoureiro nacional tenho o compromisso de cumprir esse rito, de fazer essa transição, agora a escolha, eu fui convidados por todos, desde da extrema direita até a esquerda. Agora a decisão, vamos tomar conjuntamente, com grupos de prefeitos, com o governador do Estado, com lideranças maiores de nosso partido. Nós podemos até ficar nessa sigla que vai surgir, e isso vai acontecer no mês de abril que já tá aí. Então em abril teremos uma decisão…”, explicou.
Reinaldo Azambuja falou sobre outros assuntos na entrevista que teve o tom de bate-papo. Vale a pena assistir na íntegra acessando o vídeo abaixo:
Olga Cruz





