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Santo Antônio nosso padroeiro

Nesta quinta-feira, 13 de junho, celebra-se um dos santos mais queridos e venerados do mundo: Santo Antônio. Trazido pelos portugueses, sua devoção criou raízes profundas no Brasil, tornando-se uma tradição cultural e religiosa significativa: pelo menos 105 cidades em 10 estados têm Santo Antônio como padroeiro, tornando o dia 13 de junho um feriado significativo, como a nossa capital Campo Grande.


Esse santo é uma figura central nos festejos juninos, ao lado de São Pedro e São João, celebrados com muita alegria e fé em todo o país.
Nascido em Lisboa, Portugal, com o nome de Fernando de Bulhões, Santo Antônio faleceu em 13 de junho de 1231, nas proximidades de Pádua, na Itália. Por isso, é conhecido tanto como Santo Antônio de Lisboa quanto Santo Antônio de Pádua.


Menos de um ano após sua morte, em 30 de maio de 1232, ele foi canonizado, tornando-se um dos santos canonizados mais rapidamente na história. Em 1946, o Papa Pio XII o proclamou “doutor da Igreja” com o título de ‘Doctor Evangelicus’ (Doutor Evangélico).


Santo Antônio é amplamente conhecido como o “Santo Casamenteiro”. Essa popularidade surgiu porque ele ajudava as mulheres que não conseguiam se casar por falta de dote. Recorria à generosidade das pessoas para ajudar essas mulheres a realizarem o sacramento do matrimônio, mostrando sua sensibilidade às dificuldades do povo.


Santo Antônio é frequentemente representado com um lírio, símbolo de pureza e castidade, e com o Menino Jesus, que, segundo a tradição, apareceu em seus braços acariciando-o. Além disso, ele era um grande pregador da Palavra de Deus, conhecido por sua eloquência e profundidade teológica.


Outro fato curioso é que a língua de Santo Antônio, um dos pedaços mais intactos de seu corpo, foi encontrada 40 anos após sua morte, em uma exumação. Esta relíquia é celebrada em Pádua no dia 15 de fevereiro durante a “festa da língua”.


Em pesquisa de Ronam Dantas da paróquia de Juina-MT em site do Vaticano, lembramos alguns dos milagres comprovados que lhe são atribuídos:


O primeiro ainda muito jovem conseguiu prender os pássaros que teimavam em atacar a plantação de seu pai numa sala e depois soltá-los a um simples aceno seu.


O segundo foi durante uma pregação sobre a Eucaristia em que um homem desafiou Santo Antônio, afirmando que acreditaria na presença de Cristo na Hóstia Consagrada apenas se seu jumento se ajoelhasse diante dela. Aceitando o desafio, Santo Antônio e o homem marcaram um encontro. O homem deixou o jumento sem comer por três dias. No dia do encontro, o jumento, mesmo faminto, ignorou a comida que lhe foi oferecida e ajoelhou-se diante da Hóstia Consagrada, confirmando a fé do Santo.


O terceiro foi quando um noviço fugiu do mosteiro levando consigo os comentários de Santo Antônio sobre o Livro dos Salmos. O Santo rezou para que o noviço e o livro retornassem. Em pouco tempo, o noviço arrependido voltou, trazendo os manuscritos consigo.


O quarto quando Santo Antônio foi pregar na cidade de Rímini, onde muitos hereges se recusaram a ouvi-lo. Mesmo com a maioria das pessoas deixando o local, ele continuou pregando. Insatisfeito com a conversão parcial, retirou-se para orar e pediu a Deus a conversão de toda a cidade. Depois, dirigiu-se às praias e começou a pregar aos peixes. Incontáveis peixes emergiram das águas, agrupados por espécie e tamanho ouviram atentamente o sermão do Santo.


O quinto quando hereges, tentando matar Santo Antônio, convidaram-no para um debate sobre a Fé, oferecendo-lhe um prato envenenado. Avisado por Deus sobre a armadilha, o Santo fez o sinal da cruz sobre o prato e o comeu sem sofrer nenhum mal. Os hereges, perplexos, testemunharam mais um milagre.


O sexto foi durante um sermão na Catedral no domingo de Páscoa, Santo Antônio lembrou-se de que deveria entoar a Aleluia na Missa do Convento franciscano. Mesmo pregando na Catedral, foi visto simultaneamente no Coro do Convento, entoando a Aleluia. O milagre da bilocação foi testemunhado por muitos.


O sétimo aconteceu em Limoges, durante um sermão ao ar livre devido à grande multidão, o céu escureceu e uma tempestade ameaçou interromper a pregação. Santo Antônio pediu calma aos fiéis, assegurando que não choveria naquele local. O sermão prosseguiu sem interrupções e, após seu término, todos ficaram impressionados ao ver que, embora estivesse seco onde estavam, as redondezas estavam alagadas pela chuva.


No oitavo Santo Antônio cura um louco
Durante um sermão, um homem louco interrompeu a pregação, exigindo o cordão da cintura do Santo. Santo Antônio entregou-lhe o cordão e, ao envolvê-lo, o louco foi instantaneamente curado.


E o nono em Briba, uma mulher, apressada para ouvir Santo Antônio, deixou seu filho pequeno em casa. Ao retornar, encontrou o menino dentro de um caldeirão de água fervente, mas, invocando o Santo, encontrou o filho ileso, brincando na água fervente.


O décimo quando uma criada caminha sob forte chuva sem molhar as roupas
Em um dia chuvoso, uma criada foi buscar verduras para o convento de Briba. Apesar da chuva torrencial, pela devoção a Santo Antônio ela voltou completamente seca.


E ainda o décimo primeiro, quando encontrando um carroceiro transportando um homem supostamente adormecido, Santo Antônio pediu que levasse alguns víveres. O carroceiro recusou, alegando transportar um morto. Mais tarde, percebendo que o homem estava realmente morto, o carroceiro buscou o Santo, que rezou sobre o cadáver e o ressuscitou.


E o décimo segundo, durante a construção de um convento, um homem foi esmagado por uma pedra. Santo Antônio pediu que invocassem São Francisco, e o homem ferido levantou-se completamente são.


O décimo terceiro quando uma mulher trouxe seu filho paralítico para que Santo Antônio o curasse. Após insistentes pedidos, o Santo fez o sinal da cruz sobre o menino, que foi imediatamente curado. Atribuiu o milagre à fé da mãe.


Décimo quarto, quando um nobre hospedou Santo Antônio em sua casa e, certa noite, viu o Santo segurando o Menino Jesus. Maravilhado, o nobre foi advertido a não revelar o ocorrido até a morte do Santo.


Décimo quinto, um jovem, após confessar que chutou sua mãe, cortou o próprio pé em remorso. Santo Antônio recolocou o pé e o curou, deixando apenas uma pequena cicatriz.


Décimo sexto, o pai de Santo Antônio foi acusado de assassinato após encontrarem um cadáver em sua propriedade. Durante o julgamento, Santo Antônio ordenou ao morto que testemunhasse, e o cadáver afirmou a inocência de Martinho de Bulhões, salvando-o da condenação.


Décimo sétimo: Em Arezzo, uma mulher foi espancada pelo marido, que lhe arrancou os cabelos. Arrependido, o marido procurou Santo Antônio, que abençoou a mulher e fez seus cabelos crescerem novamente.


Décimo oitavo: o caso do soldado incrédulo que quebrou um copo, afirmando que só acreditaria em milagres se o copo permanecesse intacto. O copo não se quebrou e uma videira estéril produziu uvas, que encheram o copo. Este copo está preservado na Basílica de Santo Antônio, em Pádua.


Décimo nono: O Bispo de Córdoba, devoto de Santo Antônio, perdeu um anel estimado. Durante uma conversa sobre os milagres do Santo, o anel apareceu milagrosamente na mesa, deixando todos perplexos.


O Bispo Ambrósio Catarino perdeu documentos importantes. Após rezar a Santo Antônio, um desconhecido lhe devolveu os papéis perdidos.
Vigésimo: Uma jovem, desesperada por um noivo, atirou uma imagem de Santo Antônio pela janela. A imagem acertou um cavaleiro que passava, que subiu para devolvê-la e se apaixonou pela jovem, culminando em casamento.


Santo Antônio é um Santo profundamente amado e respeitado não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro. Sua vida de generosidade, sua devoção aos pobres e sua fama como Santo casamenteiro fazem dele uma figura venerada e um exemplo de santidade que continua a inspirar milhões de fiéis. Seja através dos pães milagrosos ou de suas pregações inspiradoras, Santo Antônio permanece um símbolo de fé e solidariedade, sendo celebrado nas animadas festas juninas do Brasil, onde a devoção e a alegria popular se encontram em um espetáculo de fé e tradição, sem medo de ser feliz!!

Dra. Iacita Azamor Pionti

Advogada e presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres

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