As servidoras do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul foram surpreendidas de uma forma muito especial na manhã desta sexta-feira, 8 de março – Dia Internacional da Mulher. Logo na chegada, elas foram sendo encaminhadas para um espaço preparado especialmente em comemoração a data. Na área externa da Corte de Contas, as servidoras foram carinhosamente recebidas com um café da manhã e um lindo show musical, com direito a espaço instagramável, em uma ambientação alusiva a celebração.
Enquanto isso, os homens vivenciaram a experiência de uma manhã sem a companhia das colegas servidoras no ambiente de trabalho. Ao chegar em seu setor de trabalho, o diretor da Secretaria de Controle Externo, Eduardo Dionizio, estranhou as salas praticamente vazias. “Isso representa o significado da mulher no ambiente de trabalho, na família e na sociedade. O setor vazio, sem as mulheres… elas fazem muita falta”.
A diretora da Secretaria de Gestão de Pessoas do TCE-MS, Elaine Gois, comentou sobre a presença feminina no Tribunal. “Eu não acredito que seja possível a rotina aqui no TCE sem a presença feminina, aliás, eu não imagino o mundo sem as mulheres. Nós temos mulheres que servem em todos os postos de trabalho aqui, desde a limpeza até chefias e vemos que a força dessas mulheres vem da alma e do coração, da resiliência, de enfrentar obstáculos, de trabalhar com seriedade e com suavidade na condução de suas equipes”.
Um dos poucos homens presentes na celebração foi o presidente da Corte de Contas, conselheiro Jerson Domingos, que ao lado das colaboradoras da escola Juliano Varela, homenageou “dona” Deise Yamashita, em nome de todas as demais servidoras. “Se hoje o Tribunal tem esse desempenho é graças a essas pessoas que tem sentimento de amor e dedicação. A luz da vida é o que a mulher representa, é o estímulo para todos os momentos”.
Emocionada, “dona” Deise agradeceu o reconhecimento. “Todas as mulheres que trabalham aqui estão sempre sendo homenageadas, tendo oportunidade de mostrar sua capacidade. Então, é uma honra eu poder mostrar a minha capacidade aqui no Tribunal de Contas. Somos todas iguais às rosas desse jardim… cada uma de uma cor, com um tom especial e esse tipo de ação nos valoriza e estimula ainda mais”.
Única mulher no corpo diretivo do TCE-MS, a conselheira substituta Patrícia Sarmento, também participou da comemoração. “Hoje os nossos colegas tiveram a oportunidade de experimentar no ambiente interno um dia sem as mulheres. A gente espera que, com essa experiência, a gente perceba o quanto a nossa força é importante na realização de um mundo melhor, de uma sociedade mais justa. É um dia de festejar, mas também de lutar, de continuar lutando para que todas as barreiras que se colocam diante do crescimento profissional, pessoal e a violência contra as mulheres possam ser combatidas”.
Toda a ação que, teve como slogan “Ser mulher é florescer a vida”, foi idealizada e realizada pelas equipes da Secretaria de Gestão de Pessoas, Gerência de Desenvolvimento de Pessoas e Qualidade de Vida, gabinete da Presidência, Cerimonial e Diretoria de Comunicação.
Dia Internacional da Mulher
A data, que é comemorada no mundo inteiro, foi criada no dia 8 de março de 1910, durante uma conferência na Dinamarca. Inicialmente, o propósito era homenagear 130 trabalhadoras assassinadas treze anos antes, dentro de uma fábrica de tecidos, em Nova Iorque (EUA).
No dia 8 de março de 1857, as operárias da fábrica de tecidos fizeram uma greve para protestar contra as péssimas condições de trabalho; e reivindicar a redução das jornadas que chegavam até 16 horas diárias, e também a equiparação de salários com os homens. No entanto, a manifestação foi reprimida com muita violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica e morreram carbonizadas.
Somente no ano de 1975 – 118 anos depois do atentado – a ONU (Organização das Nações Unidas), oficializou a data através de um decreto. O objetivo não é apenas comemorar as conquistas já alcançadas, mas também discutir o papel da mulher na sociedade atual, e as medidas que devem ser adotadas contra o preconceito, a violência e a desvalorização das mulheres.