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Ter consciência do próprio valor é saber que ele não é negociável

Parece que a sociedade entrou em uma “guerra sentimental” de que estar acompanhada é mais importante do que ser feliz.

Para alguns, não importa se o parceiro é fiel, trabalhador e companheiro. O que importa é ter uma aliança no dedo, carregar o status de “relacionamento sério” e postar mais fotos que uma modelo da Vogue nas redes sociais.

Lendo parece um absurdo, não é? Mas é exatamente isso que acontece quando a emoção prevalece sobre a razão. A solução para esse problema está em desenvolver o autoconhecimento e, consequentemente, o amor-próprio de forma efetiva.

Não é à toa que defendo o desenvolvimento da inteligência emocional a qualquer custo. Ter amor-próprio, entender as próprias emoções e utilizá-las a seu favor são o mínimo que alguém pode fazer por si antes de começar qualquer relacionamento.

Não dá para aceitar traições, ofensas sobre o seu corpo, sobre a sua história de vida e até por suas ações apenas para não perder quem você julga amar.

É uma questão de lógica: o fato de você ter permitido a entrada de alguém na sua vida não dá a ele o direito de colocar sua personalidade em xeque nem tentar moldá-la dentro dos padrões limitados dele.

É claro que ninguém entra em uma relação sabendo que será um martírio, nem disposto a sofrer.

As pessoas começam um relacionamento na esperança de que seja para a vida toda, porém, graças à baixa autoestima e à falta de bom senso, aceitam “qualquer história” para suprir o vazio que carregam.

Por isso, não negocie o seu amor-próprio por aceitação. Você é um presente na vida das pessoas e não uma opção.

Desenvolva seu amor-próprio, respeite seus limites e não ofereça mais do que estão lhe oferecendo. Até porque, quando a balança do amor se inclina mais a favor do próximo, é sinal de que você precisa prestar mais atenção em si.

Pamela Camocardi

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