O mês de agosto é muito especial para a turma do Curso de Formação de Soldados (CFSD) de 1998. No último dia 10 deste mês, o grupo celebrou 25 anos de ingresso na corporação. E para comemorar o feito, eles prestaram homenagens, participaram de ação social, de um culto de ação de graças, e ainda de uma grandiosa festa realizada no Grand Murano Buffet.
São 25 anos de dedicação e de serviço à sociedade de Mato Grosso do Sul. Durante o período de formação no CFAP, eles adquiriram as habilidades e conhecimentos necessários para enfrentar os desafios da profissão, assim como fortaleceram os valores de integridade, disciplina e respeito.
É o que nos conta a 2ª Tenente Divânia Nunes da Silva. Ela lembra que o dia em que levou seus documentos para entrar para a Polícia Militar foi bem tumultuado, sendo realmente uma grande conquista.
“Lembro que no dia da nossa apresentação e entrega dos documentos, perdi a pasta com os documentos no ponto de ônibus na entrada do bairro Maria Aparecida Pedrossian, chegando no bairro Arnaldo Estevão de Figueiredo desci do ônibus e voltei a pé até o ponto onde perdi a pasta e falava, Senhor Jesus se for para eu entrar nessa polícia eu vou encontrar essa pasta, cheguei no local e cadê a pasta, ninguém tinha celular, eu falei, vou lá perto do orelhão que era perto da minha casa vai que minha amiga veio logo depois de mim achou minha pasta e guardou. Quando eu estava no orelhão ligando, a cobrar no serviço dela, uma senhora que vendia jornal me perguntou se eu havia perdido uma pastinha. Ela me falou que um rapaz achou e deixou com ela, que ela iria procurar no endereço que havia na pasta. Falei, Senhor! É para eu entrar na polícia. E assim foi, peguei um moto táxi e consegui chegar no Comando-Geral a tempo. Sempre agradeço a Deus por ter tido perseverança para não desistir nesse dia porque foi o dia mais difícil para mim”, contou Divânia.
Outro destaque é que o grupo de 1998, conhecido como: “Turma de Ouro”, estabeleceu laços de amizade e companheirismo que resistiram ao tempo.
Os vínculos construídos durante o curso de formação, e ao longo dos anos de serviço, criaram uma rede de apoio essencial para enfrentar os desafios da profissão. Desde 2013 eles promovem confraternizações e grandes festas em comemoração ao aniversário da turma, promovendo sempre uma ação social como forma de agradecimento pelas conquistas.
Um dos integrantes da turma, o segundo sargento Lincoln Cortez, confirma essa união por todos esses anos. “A Polícia Militar é uma família, se alguém estiver mal todo mundo ajuda, porque a PM é muito unida, nós somos um só corpo, e eu espero servir ao Estado como eu servi até hoje, porque todos esses anos têm sido gratificante para mim”, revela Cortez.
O segundo sargento lembra que no início seu pai ficou com receio e pediu para que ele saísse logo da PM.

“Só que a mentalidade dele mudou ao decorrer dos anos, e ele viu que realmente é diferente, nós colocamos a nossa vida, o nosso corpo, o nosso querer em prol da situação da vida das pessoas. A polícia militar é diferente, por exemplo, o bombeiro vai e salva do incêndio, mas todas as outras ocorrências ficam para a polícia militar. Por isso, sou extremamente honrado. Não só eu, mas todos os nossos companheiros da turma de 1998”, declara.
Comemoração
Um dos pontos altos de celebração à data, de aniversário da turma, foi a ação na manhã do dia 10, em que os membros fizeram uma grande mobilização de doação de sangue ao Hemosul, e no período da noite, o grupo participou de um culto de ação de graças, realizado no pátio do Comando-Geral da Polícia Militar.
No dia seguinte (11), na Associação das Praças (ASPRA), a turma participou do descerramento do Memorial em homenagem aos colegas que já partiram.


Já no dia 12 de agosto, mais de 70 integrantes da turma participaram de um baile de gala realizado no Buffet Gran Murano.
Em relação às homenagens, Lincoln Cortez lembra que quando a turma ingressou era composta de 300 homens e cerca de 100 mulheres, mas que ao longo do tempo, o grupo sofreu com perdas e baixas de alguns companheiros.
“Foi com muita dor no coração que nós homenageamos os que se foram, mas estamos aqui para lembrar e honrar, a memória daqueles que se foram, e continuar presente defendendo sempre a sociedade sul-mato-grossense. Independente de qualquer coisa, a Polícia Militar tem que estar presente, e eu sou extremamente orgulhoso em relação a isso”, finaliza Cortez.
Olga Cruz





