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Veja os 14 trabalhos que mais causam ‘infelicidade’, segundo Harvard

Um estudo realizado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, revelou quais são as 14 profissões que mais geram infelicidade e sentimentos negativos entre os trabalhadores.

Conduzida em 2017, a pesquisa da renomada universidade norte-americana destacou que cerca de 40% das pessoas não encontram felicidade em seus ambientes de trabalho.

Entre as ocupações que mais contribuem para sentimentos de tristeza estão algumas altamente valorizadas no mercado, como engenheiro de projetos e analista de dados.

Por outro lado, profissões essenciais como a de professor frequentemente não recebem o reconhecimento merecido.

Veja as profissões que causam mais infelicidade segundo Harvard

Confira se sua profissão está na lista:

  1. Técnico de farmácia
  2. Engenheiro de projetos
  3. Professor
  4. Assistente administrativo
  5. Caixa
  6. Diretor-geral
  7. Analista de dados
  8. Representante de atendimento ao cliente
  9. Vendedor de varejo
  10. Gerente de contas de vendas
  11. Entregador
  12. Caminhoneiro
  13. Guarda de segurança
  14. Trabalhador noturno

Motivos para a infelicidade:

  • Falta de oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional.
  • Salários baixos.
  • Tarefas repetitivas.
  • Longas jornadas de trabalho.
  • Pressão constante.
  • Distância hierárquica.
  • Interação constante com problemas alheios.
  • Responsabilidade elevada.
  • Isolamento social.
  • Exposição a condições climáticas adversas.
  • Problemas de saúde relacionados à longa permanência sentada.
  • Dificuldade em conciliar horários com amigos e familiares.

É viável melhorar isso?

Segundo Harvard, Os 14 Trabalhos Que Mais Causam Infelicidade
Direitos autorais: Canva

Para enfrentar o adoecimento psicológico dos colaboradores, diversas empresas têm investido em palestras, aplicativos e terapias online, além de eventualmente consultas com psiquiatras.

Essas iniciativas são positivas, mas podem não ser suficientes.

“Se a saúde mental se tornou realmente uma prioridade para as corporações, seria crucial refletir até que ponto as relações de trabalho não estão na origem do problema. Assim, reavaliar as condições de emprego, como a carga horária, além das proteções e benefícios ao funcionário, poderia desempenhar um papel central na prevenção de transtornos mentais”, afirma Jairo Bouer, psiquiatra pela Faculdade de Medicina da USP, em coluna do VivaBem.

Segundo Bouer, para muitos trabalhadores, um emprego verdadeiramente flexível não deveria se limitar apenas ao local onde as pessoas desejam trabalhar, mas também ao horário e à quantidade de horas que desejam dedicar às suas funções.

A produtividade não deveria depender exclusivamente de estar em um local específico por oito horas consecutivas.

Embora muitas profissões dependam de horários fixos (como professores que ministram aulas ou médicos que cumprem plantões), muitas outras poderiam ser mais flexíveis.

Dessa forma, os trabalhadores poderiam ajustar seus horários de acordo com sua rotina (e não o contrário), o que traria benefícios para sua saúde e produtividade, resultando em uma força de trabalho mais feliz e comprometida, continua o psiquiatra.

Segundo Harvard, Os 14 Trabalhos Que Mais Causam Infelicidade
Direitos autorais: Canva

Por exemplo, pais e mães poderiam adequar seus horários de trabalho às demandas da educação dos filhos, potencialmente reduzindo o eterno conflito entre carreira e responsabilidades parentais.

Além disso, muitas pessoas rendem melhor pela manhã, enquanto outras preferem tarde ou noite.

Ajustar o trabalho ao ritmo biológico pode melhorar a dedicação e estimular a criatividade.

Alternativas como jornadas de quatro dias por semana em vez de cinco, redução de 40 para 30 horas semanais, períodos intensos intercalados com momentos mais tranquilos estão sendo adotadas por algumas empresas e governos.

Em entrevista ao jornal “El País”, o psicólogo e antropólogo britânico James Davies, professor da Universidade de Roehampton, argumenta que a redução da jornada de trabalho poderia significativamente beneficiar a saúde mental da população.

Ele critica a tendência da sociedade moderna de medicar emoções, focando apenas no alívio de sintomas, em vez de investir em mudanças sociais que poderiam prevenir sofrimentos e transtornos mentais, como empregos mais satisfatórios, salários melhores e mais tempo livre.

A obsessão do sistema em criar indivíduos altamente produtivos e consumidores, em detrimento da felicidade e do bem-estar, tema explorado pelo filósofo sul-coreano Byung-Chul Han em seu livro “Sociedade do Cansaço”, pode ser um dos motivos do crescente número de pessoas enfrentando problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade e burnout.

Se você tem se sentido constantemente exausto ou percebe que sua saúde mental não está bem nos últimos meses, talvez seja hora de refletir sobre sua jornada de trabalho e como ela impacta suas relações pessoais e familiares.

Sua saúde e sua família certamente agradecerão!

Fonte: El País

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