MS Delas

Search
Close this search box.
28°C

23 de Abril também é o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor

O Dia Mundial do Livro, ou simplesmente Dia do Livro, é celebrado também como o Dia dos Direitos de Autor, comemorado anualmente em 23 de abril. Além de homenagear várias obras literárias e seus autores, a data também busca conscientizar as pessoas sobre os prazeres da leitura.

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) criou a data do “Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor” para encorajar as pessoas, especialmente os jovens, a descobrirem os prazeres da leitura, e conhecerem a enorme contribuição dos escritores através dos séculos.

Uma tradição catalã ligada aos livros já existia no dia 23 de abril, e parece ter influenciado a escolha da Unesco. Na tradição catalã, no dia de São Jorge (23 de abril), é costume dar uma rosa para quem comprar um livro. Trocar flores por livros já se tornou tradição em outros países também.

Origem 

A escolha da data para o Dia Mundial do Livro ocorreu em 1995, em Paris, durante o XXVIII Congresso Geral da Unesco.

23 de abril foi escolhido por ser o dia da morte de três grandes escritores da história: William Shakespeare, Miguel de Cervantes, e Inca Garcilaso de la Vega.

Esta data é também a data de nascimento ou morte de outros autores famosos, como Maurice Druon, Haldor K. Laxness, Vladimir Nabokov, Josep Pla e Manuel Mejía Vallejo.

Curiosidades 

Bíblia

Será que a Bíblia foi o primeiro livro do mundo ou é o mais antigo que se tem notícias? Definitivamente, não. O que acontece é que foi o primeiro livro impresso, considerando um verdadeiro avanço para a Idade Média.

E isso vem a partir da invenção da imprensa, com o nome de Johannes Gutenberg. Ele escolheu a Bíblia para ser a primeira impressão histórica do Brasil. O projeto causou uma revolução cultural por aqui e isso explica porque a gente confunde tanto. 

Nag Hammadi

Essa obra, que conta com 13 encadernações, pode ter sido criada há 400 anos. Chamadas de códices de Nag Hummadi, elas estão no Museu Copta do Cairo, no Egito. Foram encontrados no ano de 1945 na região Alta do Egito.

São textos gnósticos, isto é, de uma corrente filosófica-religiosa. Assim, podem ter sido os primeiros escritos do cristianismo primitivo. O nome vem da cidade onde foi encontrado: Nague Hamadi e a autoria da descoberta é de um camponês Mohammed Ali Samman.

Os livros são em papiro, embrulhados em couro, o que indica um tempo mais recente do que os próximos livros que vamos conhecer abaixo, que são bem mais antigos. Ao todo, o Nag Hammadi tem 13 livros e um total de 52 textos, inclusive, trabalhos de Platão.

I Ching

O Livro das Mutações, como é chamado, ganhou fama nos últimos meses ao ter sido relançado por algumas editoras. Curiosamente, ele tem vários compostos de histórias que são contadas ao longo do tempo e focam na filosofia chinesa. 

A obra literária rústica foi gravada em pedra e hoje está a salvo no Museu Beilin, na China. O original deve ter sido escrito durante a Dinastia Zhou, 1.000 a.C. Visto como livro da sabedoria, ele está ligado a sistemas divinatórios e semióticos. 

Stonyhurst Gospel

Essa obra é muito antiga e uma das que mais trazem polêmicas. Para muitos, é o livro mais antigo do mundo se a gente considerar o formato de um livro atual. A obra tem 94 páginas, sendo que data de mais de 1300 anos (por volta de 720 d.C.).

Na internet, ficou conhecido como Evangelho de São Cuthbert. De fato, o que não se pode negar é que o livro é o mais antigo em termos de conservação. Ele foi descoberto dentro do caixão de São Cuthbert, um monge eremita que morreu em 687 em Northumberland, na Inglaterra.

O artefato é um manuscrito medieval que foi levado para a Catedral de Durham, no Reino Unido onde foi mantido como relíquia. Em 2012, a British Library, da Inglaterra, adquiriu o livro que tem encadernação e páginas originais. 

Pyrgi Ouro Tablets

Esses manuscritos foram encontrados no ano de 1964 durante uma escavação que aconteceu no santuário do Pyrgi, na Itália. Acredita-se que a obra tenha sido escrita em 500 a.C. São placas de ouro com buracos em torno das bordas dando a impressão que eram unidas.

Assim, duas das placas são escritas em etrusco e uma outra em fenício. As placas ficam expostas no Museu Nacional Etrusco de Roma, lá na Itália. Para quem for buscar mais, considere que elas são chamadas de Tábuas de Pirgi, também. 

O texto menciona a fundação de um templo e a dedicação à deusa suprema etrusca Uni. A atribuição da construção é dada à Tibério Velianas, governante da cidade vizinha de Caere. Acredita-se que tenha relação com o tratado antigo entre romanos e cartagineses.

Etruscan Gold Book

Ele já foi considerado o livro mais antigo do mundo – mas, perdeu o seu lugar. Os pesquisadores acreditam que a data certa dele é 660 a.C. No entanto, a descoberta aconteceu durante as escavações em um canal do rio Strouma, lá na Bulgária.

O livro é feito com seis folhas de ouro de 24 quilates (considerado um dos ouros mais puros que existem). Essas páginas são unidas por uma espécie de anel. Na verdade, são como placas que tem caracteres etruscos representando cavalos, cavaleiros, sirene, lira e soldados.

Hoje, o livro está no Museu de História Nacional da Bulgária, na cidade de Sófia. Na internet, se quiser saber mais, vale procurar pelo Livro de Orfismo Dourado, que é outro nome dado à obra. Orfismo é o nome dado à cultura grega e helenística é atribuída a Orfeu.

Epopeia de Gilgamesh

Esse livro poderia ser o mais antigo do mundo. No entanto, surgiu um que pode ser mais antigo do que ele e você vai conhecer abaixo. O fato é que Epopeia de Gilgamesh é uma obra estimada em 2.000 a.C. 

O documento ficou soterrado durante um incêndio que devastou a Biblioteca de Nínive, a cidade mais antiga da Mesopotâmia. Em 1849, os arqueólogos britânicos encontraram a obra nas ruínas, sendo um total de 30 mil plaquetas com escritas cuneiformes e 1.200 escritos.

A Epopeia era um deles. Nela, se encontram textos análogos aos que apareceram mais tarde na Bíblia. Por exemplo, o dilúvio e um homem bem parecido com Adão. Até as obras de Homero citam essas aventuras de Gilgamesh, que foi um rei da dinastia de Uruk.

Instruções a Churupaque

Esse sim pode ser o livro mais antigo que se tem notícias. Ele é de 2.500 a.C. Dessa forma, considerando todas as limitações da época, saiba que o livro da Idade do Bronze era bem curto. Hoje, o que se tem são fragmentos da obra, que está no Museu Oriental de Chicago.

Os escritos são vistos como da literatura da sabedoria, da época dos Sumérios (atualmente, na região do Iraque). A ideia era ensinar a piedade adequada, a virtude e preservar as normas da comunidade. Por isso, ele é formado por conselhos e provérbios por Churupaque, filho de Ubartutu.

Em Mato Grosso do Sul

O nosso Estado é um rico celeiro de importantes e renomados escritores com publicações reconhecidas mundialmente. Diversificada e regional, a literatura sul-mato-grossense conta com talentos importantes tanto no passado quanto na atualidade. Poemas, crônicas e pesquisas são alguns exemplos que o MS DELAS listou.

Desde já, pedimos perdão porque muitos nomes relevantes não foram pontuados na matéria. Mas, a intenção é homenagear a todos com essa simples pesquisa para celebrar o Dia Mundial do Livro.    

Manoel de Barros

O nome mais célebre é o poeta contemporâneo, Manoel Wenceslau Leite de Barros que nasceu em Cuiabá, Mato Grosso, no dia 19 de dezembro de 1916. Passou a infância na fazenda da família no Pantanal, e na adolescência, estudou em um colégio interno em Campo Grande, época em que escreveu suas primeiras poesias.

Manoel de Barros foi um poeta espontâneo, que extraía seus versos da realidade imediata que o cercava, sobretudo a natureza, apesar da formação cosmopolita. Mostrava-se distante do rótulo de “Jeca Tatu do Pantanal”, que lhe tentaram impingir. Gostava de invenções verbais e neologismos como “eu me eremito”.

Aos 97 anos, faleceu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, no dia 13 de novembro de 2014.

Publicações

Poemas Concebidos Sem Pecado (1937)

Face Imóvel (1942)

Poesias (1946)

Compêndio Para Uso dos Pássaros (1961)

Gramática Expositiva do Chão (1969)

Matéria de Poesia (1974)

O Guardador de Águas (1989)

Livro Sobre Nada (1996)

Retrato do Artista Quando Coisa (1998)

O Fazedor de Amanhecer (2001)

Memórias Inventadas I (2005)

Memórias Inventadas II (2006)

Memórias Inventadas III (2007)

Portas de Pedro Vieira (2013)

Abílio de Barros

Irmão de Manoel de Barros, Abílio nasceu em 15 de janeiro de 1929, em Corumbá, que na época ainda pertencia ao estado de Mato Grosso. Foi advogado, professor universitário e pecuarista. Licenciado e Bacharel em Filosofia, também dedicou boa parte de sua obra ao Pantanal e às regionalidades sul-mato-grossenses, assim como o irmão. Faleceu em outubro de 2019, aos 90 anos de idade.

Publicações

Gente Pantaneira

Uma Vila Centenária

Opinião

Histórias de Muito Antes

Pantanal – Pioneiros

Crônicas de uma nota só (A Era Lula)

Recoluta – livro lançado em 24/10/2013, editado pela Ed. Letra Livre

“A Crônica dos Quatro”, em parceria com Maria Adélia Menegazzo, Maria da Glória Sá Rosa e Theresa Hilcar

Raquel Naveira

Nasceu em Campo Grande, em 23 de setembro de 1957. Formada em Direito e em Letras pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), onde lecionou. Em 1977, iniciou a sua atuação na imprensa (jornais e revistas) e publicou seus primeiros poemas. É ganhadora de inúmeros prêmios da literatura brasileira.

A obra de Raquel tem enorme fortuna crítica, sendo reconhecida e apreciada por escritores e críticos como Fábio Lucas, Lygia Fagundes Telles, Nelly Novaes Coelho, Antônio Houaiss, Lêdo Ivo e outros. Escreveu vários livros, entre eles: “Abadia” (poemas, editora Imago, 1996) e “Casa de Tecla” (poemas, editora Escrituras, 1999), indicados ao Prêmio Jabuti de Poesia, pela Câmara Brasileira do Livro. Escreveu ainda o infanto-juvenil, “Pele de Jambo”, e o livro de ensaios, “Fiandeira”.

Unindo história e poesia, publicou os romanceiros “Guerra Entre Irmãos” (poemas inspirados na Guerra do Paraguai) e “Caraguatá” (poemas inspirados na Guerra do Contestado), que se transformou no curta-metragem “Cobrindo o céu de sombra”, monólogo com a atriz Christiane Tricerri, sob a direção de Célio Grandes.

Publicações 

Via Sacra (1989)

Fonte Luminosa (1990)

Nunca-Te-Vi (1991)

Fiandeira (1992)

Guerra Entre Irmãos (1993)

Sob os Cedros do Senhor (1994)

Canção dos Mistérios (1994)

Abadia (1995)

Mulher Samaritana (1996)

Maria Madalena (1996)

Caraguatá (1996)

Pele de Jambo (1996)

O Arado e a Estrela (1997)

Rute e a Sogra Noemi (1997)

Intimidades Transvistas (1997)

Casa de Tecla (1998)

Senhora (1999)

Stella Maia e Outros Poemas (2001)

Xilogravuras (2001)

Maria Egipcíaca (2002)

Casa e Castelo (2002)

Tecelã de tramas – ensaios sobre interdisciplinaridade (2005)

Portão de ferro (Escrituras, 2006)

Literatura e drogas – e outros ensaios (Nova Razão Cultural, 2007)

Guto e os bichinhos (2012)

Sangue Português (2012)

Álbuns de Lusitânia (2012)

Jardim Fechado – Uma Antologia Poética (2016): livro comemorativo dos seus 30 anos de carreira literária.

Glorinha de Sá Rosa

Maria da Glória Sá Rosa foi uma das principais professoras de Campo Grande. Glorinha lecionou nas Universidades Fucmat, hoje UCDB, e UFMS. Fundou a Aliança Francesa em Campo Grande e foi membro atuante da Academia Sul-mato-grossense de Letras. Como escritora, se tornou referência em relatar a história da cultura do Estado e teve cerca de 12 livros publicados. Recebeu o cobiçado título de Doutora Honoris Causa, outorgado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Professora Honorária pela UNIGRAN de Dourados.

Nasceu em Mombaça, Ceará, no dia 4 de novembro de 1927, tendo vindo criança para Campo Grande, onde residia desde 1939 e faleceu em 28 de julho de 2016, aos 88 anos de idade.

Publicações

Cultura, Literatura e Língua Nacional (1976) em parceria com Albana Xavier Nogueira

Memória da Cultura e da Educação em Mato Grosso do Sul (1990), acompanhada de vídeo

Memória da Arte em Mato Grosso do Sul (1992), em parceria com Idara Duncan e Maria Adélia Menegazzo, acompanhada de vídeo

Deus Quer, o Homem Sonha, a Cidade Nasce (1999)

Crônicas de Fim de Século (2001)

Contos de Hoje e Sempre: Tecendo Palavras (2002)

Artes Plásticas em Mato Grosso do Sul (2005), em parceria com Idara Duncan e Yara Penteado

A Música em Mato Grosso do Sul (2009), em parceria com Idara Duncan

A Literatura Sul-mato-grossense sob a ótica de seus construtores (2011), em parceria com Albana Xavier Nogueira.

Além de nove livros, publicou, também, centenas de artigos sobre cultura nos jornais locais e fez inúmeras conferências sobre educação e cultura em todo o Estado, prefácios para autores de Mato Grosso do Sul e apresentações de catálogos de arte.

Paulo Coelho Machado

Considerado uma grandeza, o livro “A Rua Velha”, de Paulo Coelho Machado, é um dos maiores momentos da literatura sul-mato-grossense. Escritor, historiador, advogado e professor de Direito, nasceu em Campo Grande, onde foi vereador.

Membro da Academia Sul-mato-grossense de Letras, faleceu em 26 de julho de 1999. Foi secretário de Agricultura de Mato Grosso; presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul). Presidiu a Liga da Divisão do Estado.

Ele resgatou a história de Campo Grande, escrevendo sobre suas ruas e habitantes. Como professor de Direito Civil, despertou o gosto pela Justiça em seus numerosos alunos.

Publicações

A Parceria Pecuária (1972)

A Criminalidade em Mato Grosso

Processo e Julgamento de Nosso Senhor Jesus Cristo (1954)

Arlindo de Andrade, Primeiro Juiz de Direito de Campo Grande (1988)

E a série Pelas Ruas de Campo Grande — “A Rua Velha” (1990)

A Rua Barão (1991)

A Rua Principal (1991)

A Rua Alegre

A Grande Avenida (2000)

Henrique de Medeiros

O presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, Henrique Alberto de Medeiros Filho é natural de Corumbá (MS). Passou sua infância, adolescência e estudos acadêmicos em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde se formou e exerceu parte de sua carreira profissional, retornando a Mato Grosso do Sul no início da década de 80, fixando residência em Campo Grande, onde recebeu o título de cidadão honorário.

É graduado em Comunicação Social pela Universidade Gama Filho do Rio de Janeiro (1976), e exerce atividades multimídias, culturais e empresariais.

Escritor, publicitário, jornalista, editor e empresário, tem ampla participação na vida cultural sul-mato-grossense através de sua presença em inúmeros projetos culturais (nas manifestações da arte regional e nacional), tanto no setor das artes cênicas, como das musicais, audiovisuais e literárias.

Publicações 

O Azul Invisível do Mês Que Vem (ed. Letra Livre, 1993 / 2ª ed. 2009), poemas e contos.

Pirâmide de Palavras (ed. Letra Livre, 1996 / 2ª ed. 2009), poemas.

David Cardoso – Memórias do Rei da Pornochanchada (ed. Letra Livre, 2006), biografia memorialista.

Que as Dores se Transformem em Cores (ed. Letra Livre, 2009), poemas.

Vozes das Artes Plásticas de Mato Grosso do Sul (Fundação de Cultura do Estado de MS, 2013), coautor (organizado por Fábio Pellegrini e Daniel Reino).

Palavras Correndo Atrás de Textos (ed. Letra Livre, 2016), poemas e outros conto.

Azur Macadam (Editions Estaimpuis, France, 2016), poemas.

Vertentes: Nossos Poemas (ed. Life, 2020), poemas (coautor).

Elpídio Reis

Elpídio Reis nasceu em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, em 14 de fevereiro de 1920. Foi advogado, assistente social, jornalista, professor e escritor brasileiro. Em vida, exerceu as seguintes funções: Diretor do Instituto 15 de Novembro, obra social de menores (Ministério da Justiça); Diretor Superintendente do Jornal Tribuna da Imprensa, Diretor Superintendente e Redator-chefe do Jornal Shopping-News, do Rio de Janeiro; Procurador Geral da Fundação Legião Brasileira de Assistência; Diretor técnico e Professor da Escola de Serviço Social da PUC-RJ; Presidente da Associação Brasileira de Assistentes Sociais, Seção Rio de Janeiro. Faleceu em 1997.

Publicações 

Tempo de saudade (poesia e prosa)

O cavalo preto

Eu por aí…

Moralize-se!

Os 13 pontos de Hélio Serejo (biografia)

Ponta Porã – Polca, churrasco e chimarrão (ensaio)

Hildebrando Campestrini

Campestrini nasceu em 6 de maio de 1941, na cidade de Cedro, Santa Catarina, e vivia há mais de 55 anos no Estado, quando faleceu em novembro de 2016, em decorrência de um câncer. Era escritor e membro da Academia Sul-mato-grossense de Letras.

“Hildebrando foi um homem que estudou e ensinou a todos sobre a história do Estado e sobre a língua portuguesa, um historiador dedicado à fidelidade dos fatos. Foi meu professor em 1992. Mato Grosso do Sul perdeu hoje uma parte de sua história”, disse o presidente da OAB/MS, Mansour Karmouche.

Entre as obras de Hildebrando estão a ‘História de Mato Grosso do Sul’, que vai para a oitava edição, ‘Santana do Paranaíba’, ‘Eldorado – memória e riquezas’, além de organizar e reeditar autores sul-mato-grossenses ou ligados à nossa história, como ‘Obras Completas de Hélio Serejo’, ‘Obras Completas de Raul Silveira de Mello’, além de organizar a Série Memória Sul-Mato-Grossense. E é, também, coautor da Enciclopédia das Águas de Mato Grosso do Sul, obra ímpar na cultura regional.

Theresa Hilcar

Cronista, nasceu em Lagoa da Prata (Minas Gerais), em 18 de junho de 1957. Casou-se em 1978 e mudou-se para Campo Grande em 1980. Depois de ter seu segundo filho, voltou ao mercado de trabalho e iniciou sua trajetória no jornalismo como apresentadora de telejornal na recém inaugurada TV Campo Grande.

Em 1990, publicou sua primeira crônica em um jornal da Capital. Meses depois, ela tornou-se parte integrante do Correio do Estado, sendo publicada semanalmente às terças-feiras. Entrevistou várias personalidades do mundo cultural, artístico e político do cenário nacional, fazendo amizades com escritores do quilate de Fernando Sabino, Ignácio de Loyola Brandão, Marina Colasanti e Ziraldo. Incentivada pelos dois amigos, Loyola e Ziraldo, publicou seu primeiro livro, coletânea de crônicas, intitulado “No outro lado do peito”.

Em 1997, lançou seu segundo livro “Tereza toda Terça” e no mesmo ano retornou à Belo Horizonte onde continuou a faculdade de comunicação social na Instituição Faculdades Integradas Newton Paiva, curso iniciado na UCDB. Voltou para Campo Grande em 1999, depois de breve temporada morando em Paris. Lançou seu terceiro livro em 2005 “No trem da vida”. Em 2013, pela Editora Letra Livre – Campo Grande, lançou o livro de crônicas “No fundo do poço não tem mola”. Também é autora de “A crônica dos quatro”.

Concorreu e foi eleita – em 16 de maio de 2006 – para a Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (Cadeira nº 06). Tomou posse solene no dia 24 de julho de 2006, e foi saudada (em nome da ASL), na ocasião, pela acadêmica Maria da Glória Sá Rosa.

Hélio Serejo

Hélio Serejo nasceu em Nioaque, em 1 de junho de 1912  e faleceu em Campo Grande, no dia 8 de outubro de 2007. Foi um escritor, jornalista e folclorista brasileiro.

Foi para São Paulo tratar dos olhos, fixando residência em Presidente Venceslau, em 1948, logo se mudando para Campo Grande, onde trabalhou como ervateiro. A produção da erva-mate o permitiu conhecer o universo e o folclore de sua gente, que retratou em suas obras.

Foi membro de diversas instituições e academias, dentre as quais o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, a Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, a Academia Mato-Grossense de Letras, no Brasil, e de instituições estrangeiras, como Centro Folclórico Sul-Americano de Bogotá, o Cultura Crioula de Paissandu, do Uruguai ou a Sociedade de Pesquisa Folclórica de Lisboa.

Serejo deixou cerca de 60 livros publicados, dos quais se destacam:

Tribos Revoltadas – Novela Íncola – 1935

Carreteiro de Minha Terra – 1936

Modismo do Sul de Mato Grosso – 1937

3 Contos – 1938

4 Contos – 1939

Homens de Aço – A Seita nos Ervais de Mato Grosso – 1946

Ronda Sertaneja – 1949

Rincão dos Xucros – 1950

Prosa Rude – 1952

Tinha um pé de maconha em casa -1955

Canto Caboclo – 1958

O Homem Mau de Nioaque – 1959

Poesia Mato-Grossense – 1960

Buenas Chamigo – 1960

De Galpão em Galpão – 1962

Versos da Madrugada – 1969

Carta de Presidente Venceslau ao Cumpadre Nasermo – 1970

Prosa Xucra – 1971

Pialo Bagual – 1971

Vento Brabo – 1971

Rodeio da Saudade – 1974

Vida de Erva – 1975

Contas do Meu Rosário – 1975

Zé Fornalha – 1976

Abusões de Mato Grosso e de Outras Terras – 1976

Campeiro da Minha Terra – 1978

Fogo de Angico – 1978

7 Contos e Uma Potoca – 1978

Lendas da Erva-Mate 1 – 1978

Pelas Orilhas da Fronteira – 1981

Lobisomem – 1982

Palanques da Terra Nativa – 1983

Caraí – 1984

José Couto Vieira Pontes

Advogado e magistrado aposentado, nasceu em 10 de maio de 1933, em Três Lagoas. Escritor, contista e crítico literário. Ex-Presidente e um dos fundadores da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras. Autor de inúmeros prefácios de obras literárias.

Algumas publicações 

Deste Lado do Horizonte

Jorge Luis Borges, a Erudição e os Espelhos

História da literatura Sul-Mato-Grossense

Do diário de Cândido Hambre Del Calabozo

A casa dos Ofendículos

Os Vinte Anos da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras

Lélia Rita de Figueiredo 

Ensaísta que ocupou a 27ª cadeira da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, foi diretora do Departamento de Cultura de Mato Grosso do Sul, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e criou, fundou e dirigiu de 1996 a 2006 a Casa da Memória Arnaldo Estevão de Figueiredo; presidiu também a Associação de Artistas Plásticos, como fotógrafa, tendo idealizado e executado programa de Expedição Cultural/ Artística, itinerante por várias cidades e estados do país e aldeias indígenas, integrando os mais diversos setores de vida cultural e artística, para revelar e difundir o Mato Grosso do Sul e sua bela natureza.

Lélia foi responsável pelas primeiras iniciativas e estudos que resultaram no tombamento e proteção das grutas de Bonito, em especial a do Lago Azul, até então desconhecidas na década de 1980, sendo fundamental para as bases do turismo no município.

Algumas publicações 

Amor em todos os Quadrantes – Poesia – Edição da Autora (1977);

Estação Provisória – Poesia – Edição Masao Ohno (1983); Cantos Gritos & Tombos, em parceria com sua filha Dora Ribeiro – Edição da Autora (1986);

O Homem e a Terra – Editora do Senado Federal – Síntese da História de Mato Grosso do Sul;

Cantando a Terra Mato-grossense, publicado pela Revista do Instituto Histórico de Mato Grosso (1998).

É autora da Criação poética projeto e produção da Cantata

Cênica “Peabiru – A Conquista do Novo Mundo,” (2000), com patrocínio da Petrobrás, Eletrobrás e Governo de MS.

Olga Mongenot

Você também pode gostar...

+

Notícias