“O pré-julgamento é a forma mais eficiente de falar de si mesmo para as outras pessoas sem que elas percebam”. (Anderson Augusto).
Sobre o pré-julgamento. Palavra esta que veio forte em minha mente nesses últimos dias de 2023. Palavra esta que há anos tenho tido o desprazer de, vez ou outra, injustamente, ser pré-julgada ou até mesmo julgada quer seja por sorrir “demais”, por estar feliz, por fazer publicações em minhas redes sociais, por gostar de pessoas, por gostar de escutar e conversar com pessoas. Por ser simpática “demais”, por ser agradável… e por aí vai… e com o agravante maior, por ser mulher.
Confesso que isso já me machucou, (digo que já me machucou porque hoje não me atinge mais), principalmente porque esses pré-julgamentos sempre vêm de pessoas que nos rodeiam. Mas Graças a Deus, o número de pessoas que agem assim é ínfimo (uma, duas, talvez três pessoas), se comparado ao número de centenas de pessoas do bem que me admiram e que torcem verdadeiramente por mim.
Em um estudo conduzido pela psicóloga Vívian Zayas, pesquisadora da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, apesar de o ditado aconselhar a não julgar um livro pela capa, isso é o que a maior parte das pessoas faz.
Em sua pesquisa, os participantes viam fotos de desconhecidos e contavam para os pesquisadores o que tinham achado delas, tendo como única referência o retrato. Um mês depois, eles eram apresentados aos indivíduos fotografados. “O resultado mostrou que o julgamento inicial baseado nas fotos se manteve intacto mesmo depois de os participantes interagirem com as pessoas”, disse.
No auge de meus 49 anos de idade e seguindo rumo aos 50, que com a Graça de Deus completarei no mês de agosto de 2024. Com dois filhos maravilhosos que Deus me concedeu o privilégio de gerar e de ser a mãe, com a profissão que escolhi e que amo que é fazer jornalismo – no MS DELAS (‘sonho que sonhei’ durante a pandemia e que há 1 ano é realidade), não martelo mais minha mente tentando agradar a todos. Mesmo porque, descobri que o problema não está em mim ou em você que também passa por isso, o problema está, sim, na mente das pessoas que proferem tais pré-julgamentos.
São pessoas que, talvez, não tiveram ainda o privilégio de serem amadas e por isso também não conseguiram aprender a amar. Pessoas que precisam de cura emocional e, às vezes, até espiritual (sem querer julgar, rsrsrs…).
Como disse Madre Tereza de Calcutá: “Quem julga as pessoas, não tem tempo para amá-las”.
O julgamento é um uso importante de nosso arbítrio mas que exige grande cuidado. Somente Deus, que conhece o coração e o íntimo de cada pessoa, pode fazer o julgamento final de um indivíduo.
Jesus, o Cristo, nos fez um alerta para nos orientar nos “julgamentos” que fazemos dos outros: “Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados e com a medida com que medirdes vos hão de medir a vós”.
Lembro-me também do que está escrito no livro de Mateus 7:3-5:
“Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, mas não se dá conta da viga que está no seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando há uma viga no seu?”
Nessa passagem bíblica, Jesus ensina que os erros que enxergamos em outra pessoa é como um cisco no olho dela, em comparação com as nossas próprias falhas, que se parecem mais com enormes traves em nossos olhos.
Às vezes, nos concentramos nas falhas dos outros, quando deveríamos estar nos esforçando para melhorar a nós próprios.
Com este ano quase terminando, fica a reflexão para que em 2024, eu, você e todos nós possamos ter mais empatia e consigamos praticar mais o amor verdadeiro ao próximo e, principalmente, o “olhar-se no espelho”.
Olga Cruz