Um pé de árvore, sombra e água fresca. O lugar ideal para descansar, ficar tranquilo e respirar ar puro existe. As formosas mangueiras, aroeiras ou ipês são algumas das espécies típicas de Campo Grande. Sem elas, o calor escaldante seria ainda pior.
Mato Grosso do Sul enfrenta mais uma onda de calor no começo deste mês. As temperaturas devem passar dos 40 ºC e serem persistentes neste nível por mais de cinco dias, de acordo com meteorologistas. Sem a quantidade considerada de árvores, as cidades seriam mais quentes e sem regulação térmica.
A engenheira ambiental da Energisa Mato Grosso do Sul, Giovana Marques, Machado Brito explica sobre as funções ecológicas das árvores no contexto urbano. A especialista cita quatro impactos significativos acarretados pelas gigantes verdes:
- Têm impacto no microclima das cidades;
- Ajudam a regular a temperatura ao fornecer sombras e reduzindo os efeitos das ilhas de calor;
- Diminuem a demanda pela refrigeração artificial por meio do ar-condicionado e ventiladores, consequentemente;
- Liberam de oxigênio, melhorando a qualidade do ar.
Ipê é uma das espécies típicas de Mato Grosso do Sul. — Foto: Assessoria
Para a população, as árvores possuem apenas benefícios. Como principal destaque, a engenheira ambiental elenca a ajuda na construção de ambientes urbanos mais saudáveis e sustentáveis.
“As árvores servem como indicadores naturais das mudanças climáticas e influenciam de maneira direta na percepção visível. Por exemplo: com as mudanças sazonais, nós conseguimos perceber as variações nas folhas. No outono as folhas mudam de cor, no inverno elas caem totalmente e isso se reflete na variação de temperatura e incidência solar. As árvores dão sinais de crescimento, seca ou água em excesso”, destacou a engenheira.
Arborização urbana
Contato com árvores dá mais bem-estar à população. — Foto: Assessoria
As árvores fazem parte do dia a dia do sul-mato-grossense. A especialista da Energisa enfatiza a importância da consciência ambiental através das árvores na vida de crianças, adolescentes e adultos. Para Giovanna, o entendimento sobre as espécies constrói uma sociedade mais amiga do meio ambiente e oferece um conforto maior à população.
“As árvores possuem uma presença, de maneira geral e impacto na vida de todas as crianças, por exemplo. Em todas as faixas etárias há a influência da saúde física e mental. Nos adolescentes há o fomento da responsabilidade, sustentabilidade e desenvolvimento comunitário. Sou da geração que encontrávamos amigos e íamos para um pé de árvore tomar tereré. Na vida adulta há a melhoria do bem-estar. Dar a importância da arborização é fundamental desde a infância, dá uma base sólida para um compromisso contínuo com a preservação ambiental e qualidade de vida nas cidades”.
Um dos exemplos para a conservação ambiental desde a base é o projeto da Energisa que leva palestras a escolas públicas de todo estado. Em contato com os alunos, os especialistas plantam a semente para um presente e futuro mais verde e melhor para toda sociedade.
“Visando um ambiente mais agradável da população, é importante que toda a comunidade faça plantio ou manutenções necessárias nas cidades. Temos que conciliar os portes das espécies com o local que será plantado. Outra questão: temos que plantar espécies nativas, que já estão acostumadas com o local e o solo. As árvores contribuirão com todo ecossistema que já existe. Todo plantio também deve levar em consideração a presença da fiação elétrica”, compartilha Giovanna.