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O PIX E AS FRAUDES

Lançado em novembro de 2020 pelo Banco Centralcomo a modalidade de transação instantânea visando facilitar e agilizar as transações financeiras entre pessoas e empresas. 

A modalidade trouxe diversas vantagens posto que, pode ser acionado 24 horas por dia e 07 dias por semana, inclusive nos finais de semana e feriados e o que é mais impactou aos negócios foi que o valor transferido cai na hora na conta do destinatário.

O Banco Central registra em sua página na internet de que mais de 765 milhões de chaves foram cadastradas até junho de 2024

Contudo, juntamente com a praticidade e comodidade vem junto diversos tipos de golpes.

Dentre os mais conhecidos e que já foram identificados pela polícia e o próprio Banco Central vamos citar alguns para que tomem conhecimento e procurem se precaver para não ser mais uma vítima.

1. Captação de dados – O golpista envia e-mails, SMS ou mensagens em redes sociais e aplicativos em nome de falsas instituições financeiras, convidando o consumidor para cadastrar chaves Pix para ativar pagamentos e recebimentos, com textos recheados de argumentos persuasivos. Fique atento (a) porque os bancos não fazem esse tipo de procedimento, oferecem através de aplicativo do próprio banco ou pela internet banking em ambiente seguro.

2. O comprovante de Pix falso – Muito comum em compras rápidas pela internet, em transações eventuais e informais entre desconhecidos, ou seja, quando ainda não está estabelecida uma relação de confiança entre as partes. O comprador entrega o produto e o fraudador envia por WhatsApp um comprovante de transferência via Pix, idêntico ao gerado pelo banco, porém falso.  Para evitar é necessária a confirmação da transferência antes da entrega do produto e ativar as notificações da instituição bancária para seus recebimentos.

3. Golpe do Pix errado – Neste caso o golpista forja um comprovante de transferência por meio do Pix de uma instituição bancária e envia ao consumidor porwhatsapp ou e-mail. Ao receber e não reconhecer tal pagamento questiona sobre o que se refere, quando o golpista alega que errou ao realizar o Pix e pede que o consumidor reembolse o valor para a conta dele. Ou seja, além de não ter caído nenhum valor novo em conta, o criminoso ainda faz o consumidor pagar uma quantia a ele. Mais uma vez a atenção redobrada com a conferência no extrato bancário antes de qualquer devolução.

4. Golpe do Pix agendado – O golpista envia um Pixagendado para quitar alguma compra ou mesmo alegando que foi um engano e pede o estorno e a devolução para conta dele. Como não houve nenhuma transferência, a vítima devolve ao criminosoum recebimento que não ocorreu, ficando com o prejuízo Mais uma vez atenção para a consulta do extrato do Pix e se ocorrer agendamento, devolução apenas após a efetivação do Pix em sua conta bancária. O Pix permite a devolução de valores transferidos, se clicar no valor creditado é possível devolver por meio do aplicativo do banco.

5. Golpe do robô do Pix – Outro crime de estelionato virtual que vem crescendo no país é o chamado golpe do robô do Pix. Nele, os criminosos divulgam posts em redes sociais, e-mail, SMS ou aplicativos de mensagens com promoções falsas. Nessas promoções, a vítima precisa fazer uma quantia mínima de Pix para receber de volta, automaticamente, um valor que chega a ser 10 vezes maior. Uma das principais iscas para essas falsas promoções é o oferecimento do retorno financeiro emcriptomoedas. Além disso, os criminosos também podem direcionar o consumidor para sites falsos, nos quais eles inserem dados pessoais, que são roubados e utilizados para outras fraudes, incluindo a clonagem de cartão de crédito. Desconfie sempre de promoções que prometem dinheiro fácil mediante o pagamento adiantado de uma parcela de dinheiro.

6. Golpe do Pix antecipado – Esse é um dos golpes mais recentes envolvendo o Pix. Quando o criminoso liga para a vítima se passando por um funcionário do banco, Na ligação, o golpista informa ao cliente que alguém tentou fazer um Pix na conta dele e que será preciso que a vítima entre no aplicativo do banco e digite os dados de determinada pessoa, como se fosse fazer um Pix – mas, antes de completar a operação, aparecerá um aviso na tela para cancelar o chamado “Pix antecipado”. A ligação parece ser verdadeira e o consumidor de boa-fé repassa todos seus dados para os golpistas o que torna mais difícil detectar a fraude.

O Banco Central divulga algumas dicas úteis para evitar cair nos golpes:

Use apenas o aplicativo e site do próprio banco – A chave Pix só pode ser acessada na própria conta bancária. Então, sempre utilize esse meio de pagamento no aplicativo ou no site oficial do banco.Desconfie sempre de mensagens recebidas com links para acessar sites e baixar aplicativos de bancos.

Nunca informe a senha da conta ou cartão de crédito – Alguns criminosos pedem, além da chave Pix, a senha da conta bancária ou do cartão de crédito do consumidor para supostamente fazer uma transferência.Mas lembre-se: a chave Pix é diferente da senha. Ao fazer um pagamento com Pix, o único dado que é preciso informar é a chave – nenhum outro dado pessoal é solicitado.

Não utilize redes de internet públicas para pagamentos via Pix. As redes de wi-fi públicas podem ser porta de entrada para criminosos que miram o vazamento de dados pessoais e bancários. Essa entrada é facilitada pela falta de segurança dessas redes públicas, que podem ser infestadas de vírus. Por isso, sempre que for utilizar o aplicativo ou site do banco para fazer a transferência via Pix, utilize a sua própria rede de internet. Se possível, instale antivírus nos computadores e dispositivos móveis.

Confira se o dinheiro do Pix caiu na conta na mesma hora – Ao receber um pagamento via Pix, esteja com o aplicativo de banco acessível para conferir o extrato na hora da transação ou aguarde a compensação para confirmar.

Atenção aos QR Codes – uma das formas de realizar o pagamento por Pix é enviando ou recebendo QR Codes, o que elimina a necessidade de inserir uma chave Pix. Por isso, sempre confira os dados da conta de destino que constam logo abaixo do QR Code. Isso evita muitos golpes do Pix, que são enviados por esse tipo de código.

Desconfie de pedidos de Pix por aplicativos de mensagens – Sabe aquela mensagem suspeita do filho ou do amigo que chega de um número estranho no WhatsApp? A foto é a mesma, mas a mensagem é pedindo um valor de Pix. Isso costuma ser golpe e ocorre quando o WhatsApp da vítima é clonado.

Passo a passo em ligação telefônica– Fique alerta para não seguir nenhum passo a passo informado durante ligações. A orientação é desligar o telefone e informar o ocorrido à central de atendimento ao clientede seu banco.

Mas se caiu no golpe tente recuperar seu prejuízo. a indicação é acessar o próprio aplicativo do banco para solicitar a devolução ou entrar em contato com uma das agências ou canais de atendimento, de acordo com o procedimento adotado pelo seu banco.

Também é recomendado registrar um boletim de ocorrência para comprovar que foi vítima de crime, facilitando a análise pelo banco e a posterior devolução do dinheiro.

A devolução do dinheiro pode ser solicitada até 90 dias depois da data da transação do Pix. O banco, então, notificará a instituição que recebeu a transferência suspeita para que os valores sejam bloqueados.

Alguns bancos já oferecem pacotes de serviço de seguro que cobrem alguns danos relacionados ao Pix. 

E se não der certo diretamente com seu Banco procure uma advogada ela lhe orientará da melhor maneira possível junto ao Judiciário, sem prejuízo e sem medo de ser feliz!

 Dra. Iacita Azamor Pionti

Advogada e superintendente da Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande-MS

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