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MS vai na contramão do País e registra alta nas vendas em bares e restaurantes

Foto: The Bar

Enquanto o setor de bares e restaurantes enfrentou queda nas vendas em quase todo o Brasil em setembro, Mato Grosso do Sul seguiu na contramão da média nacional e registrou crescimento de 1% no faturamento, segundo o Índice Abrasel-Stone, divulgado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

No cenário nacional, o levantamento mostrou uma retração de 4,9% nas vendas do setor em comparação a agosto e uma queda de 3,9% frente ao mesmo período de 2023. Foi o pior resultado após três meses de estabilidade. O cenário se relaciona com os casos de bebidas ‘batizadas’ com metanol, que vem registrando casos de intoxicação no Brasil.

Segundo o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, o desempenho negativo do País foi influenciado por fatores como o aumento da inflação, que reduziu o poder de compra da população, e o impacto dos casos de intoxicação por metanol, que provocaram receio entre os consumidores e queda na frequência de bares e restaurantes.

“Setembro começou com ritmo abaixo do esperado e o caso do metanol acabou afastando clientes, especialmente em estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas”, explica Solmucci.

MS na contramão do cenário nacional

Entre os 24 estados analisados, apenas Mato Grosso do Sul (1%) e Maranhão (2,6%) apresentaram crescimento nas vendas em setembro. A maioria das unidades da federação registrou retração, com quedas expressivas em estados como Roraima (-11,5%), Pará (-9,9%), Rio de Janeiro e Santa Catarina (-7,6%).

Apesar da leve alta em MS, o setor ainda enfrenta desafios. O economista da Stone, Guilherme Freitas, destaca que o episódio do metanol teve um impacto pontual, mas significativo, sobre o consumo de bebidas fora de casa em várias regiões.

“A crise do metanol gerou incerteza e afetou o movimento em bares e restaurantes em todo o país. Mesmo em locais com economia aquecida, o comportamento do consumidor ficou mais cauteloso”, observa.

Freitas ressalta ainda que o setor segue pressionado pela inflação de insumos, endividamento das famílias e encarecimento do tíquete médio, fatores que limitam a recuperação mais ampla das vendas.

Fonte: Primeira Página

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