Cada vez tem sido mais comum encontrar idosos que, mesmo com os filhos vivos e próximos, estão cada vez mais isolados.
Os pais são figuras de importância indispensável para os filhos. Desde muito cedo, foram responsáveis por sua sobrevivência, por lhes ensinar lições sobre a vida e por direcionar o seu caminho para o sucesso e a felicidade.
Os nossos pais são pessoas com quem sempre pudemos contar, fosse nos momentos bons, em que precisávamos celebrar ao lado de alguém, ou nos ruins, quando necessitamos de pessoas para segurar as nossas mãos e nos dizer que tudo ficaria bem.
Eles são aqueles que jamais nos abandonam, mesmo com todos os nossos erros e defeitos, são a dose extra de confiança e segurança de que precisamos para seguir em frente, e a mão amiga que sempre nos puxa até mesmo dos buracos mais profundos.
Podemos ligar para os nossos pais por qualquer motivo: pedir ajuda para pagar uma conta, para cuidar dos nossos filhos, em um dia difícil no trabalho ou até mesmo para nos livrar do maior problema que já entramos, pois eles sempre estão a postos.
No entanto, nem todos nós estamos dispostos a fazer o mesmo por eles. Muitos filhos, mesmo tendo plena consciência da importância dos seus pais, simplesmente agem como se não se importasse com eles, quando a situação é oposta.
Vivemos numa sociedade em que há diversos “idosos órfãos de filhos vivos”, mães e pais que, mesmo com diversos herdeiros, estão cada vez mais sozinhos e isolados, contando com ninguém além de si mesmos. Esses idosos, apesar de dedicar sua vida a criar os filhos e construir uma família de laços fortes e saudáveis, deparam-se com o vazio e a solidão todas as vezes em que precisam de alguém ao seu lado.
Seja para um almoço no domingo, para uma consulta médica ou mesmo para dez minutos de conversa, dificilmente conseguem contar com o apoio de quem amam e do qual cuidou a vida inteira, e ficam cada vez mais excluídos, postos de lado.
Quando moram sozinhos, distantes dos filhos, sentem essa dor com muita intensidade, porque ficam isolados por dias ou meses, e são procurados apenas quando sua ajuda é útil nalgum problema ou dificuldade. Os órfãos idosos são trocados por qualquer outro programa mais interessante: um encontro de amigos, uma saída com os namorados, umas horas a mais nas redes sociais.
Conforme constroem a própria vida, os filhos se esquecem de ser presentes para aqueles que lhes proporcionaram tudo do que usufruem hoje, é uma das coisas que com certeza mais doem nesses senhores e senhoras é que vivemos na era da comunicação.
No mundo de hoje, não precisamos nos comunicar por cartas nem esperar meses pela resposta de alguém. Temos acesso fácil às redes sociais, onde as mensagens e chamadas de vídeo nos conectam com pessoas do mundo inteiro em questão de minutos.
Nessa realidade, qual a dificuldade de separar um tempo em nossa rotina para dar atenção aos idosos? Quanto tempo “perdemos”, mostrando aos nossos pais e mães que, mesmo não os vendo pessoalmente sempre, continuamos nos importando com eles e os amando?
Infelizmente, na era da aproximação, estamos cada vez mais distantes dessas pessoas tão fundamentais em nossas vidas, ocupados demais com as próprias agendas para demonstrar o mínimo de cuidado e reciprocidade àqueles que sempre nos deram tudo.
Para muitas pessoas, essa situação persistirá até o dia em que os pais partirem, quando serão dominadas pelo sentimento de culpa e remorso por não ter feito o bastante, mas isso não é o suficiente.
Arrependimentos não resolvem nada, portanto, não faça de seus pais idosos órfãos de filhos vivos. Esteja presente, perto ou longe, dê-lhes amor e atenção, não há nada mais importante e recompensador do que cuidar de quem cuidou de nós. No final, cada minuto valerá a pena.
*Com informações de @osegredo