Por estarmos saindo da semana santa onde os cristãos choram a morte de Cristo, mas também celebram a sua ressurreição, passei então a refletir sobre o julgamento de Jesus de Nazaré e como foi condenado sem provas.
Seu julgador, Pôncio Pilatos, depois de tentar saber quais as acusações que pesavam sobre Ele, nada achou que pudesse ser considerado como crime. Para não manchar suas mãos com o sangue de um inocente “ lavou as mãos” o entregando para o povo.
Nessa época era tradição liberar um prisioneiro por ocasião da Páscoa, assim sendo, o júri popular que inflamado por difamações e blasfêmias de seus opositores e sacerdotes, que viam nele uma ameaça para o poder de Herodes, gritaram: “Crucifica-o” !!!
Assim, o povo trocou Jesus por um conhecido ladrão, Barrabás, que foi liberado e o filho de Deus condenado a ser crucificado, carregando sua pesada cruz, morreu após agonizar por várias horas, fruto de uma pena injusta, aviltante e excessiva.
Guardadas as proporções, ainda hoje nos deparamos com pessoas julgadas sem provas e difamadas, especialmente nas redes sociais, onde as fake news proliferam e infelizmente a primeira história é a que fica e vai marcar a vida da vítima como o cravo pregado no corpo de Cristo.
Pensem bem nisso antes de julgar o próximo sem provas. A prova deve ser a mola mestra de toda acusação, além de resguardar o sagrado direito de defesa. Por isso reflitam, não acuse sem provas e que sempre possam exercer o direito e a justiça, sem medo de ser feliz!
*Iacita Azamor Pionti
Advogada e conselheira em Defesa dos Direitos da Mulher