Vincent Dransfield, um americano de Little Falls, Nova Jersey, é uma rara exceção entre os centenários, pois não apenas atingiu a marca dos 100 anos, mas a ultrapassou em uma década. Residindo na mesma casa desde 1945, ele continua a conduzir seu carro diariamente, mesmo após completar 110 anos no final de março.
Erica Lista, sua neta, destaca que tanto familiares quanto amigos e médicos ficam surpresos com a saúde vigorosa de Vincenta ao longo dos anos. Ela até brinca, dizendo que enfrenta mais problemas de saúde aos 49 anos do que seu avô aos 110.
Embora o título de pessoa mais velha do mundo pertença atualmente a Maria Branyas Morera, uma americana de 117 anos, Vincent não está muito atrás. Menos de uma década o separa do topo da lista, de acordo com o Gerontology Research Group.
Em uma entrevista ao TODAY.com, Vincent compartilhou que nunca enfrentou doenças cardíacas ou câncer, condições comuns entre os idosos.
Tive muita, muita, muita sorte na minha vida comemorou ele, que atualmente tem um filho, três netos e sete bisnetos.
Vincent compartilhou uma vida conjugal de 54 anos, mas em 1992, com cerca de 80 anos, sua esposa faleceu.
Mas qual é o segredo por trás da longevidade e boa saúde desse americano? Embora os fatores sejam difíceis de definir com precisão e a genética desempenhe um papel significativo, Vincent atribui sua longevidade a certos hábitos e atitudes que cultivou ao longo da vida.
Os 6 segredos
1 – Dedique tempo para fazer o que você ama
Por mais de 80 anos, Vincent dedicou-se como voluntário no corpo de bombeiros, uma resposta que ele prontamente oferece quando questionado sobre o que o fez feliz e contribuiu para sua longevidade:
“Os bombeiros… Conheci tantos amigos”.
Para Erica, sua neta, esse apoio foi especialmente significativo após a perda de sua esposa.
Todos os dias, ele ia ao corpo de bombeiros das 3 às 5, e todos os velhos sentavam lá e conversavam. Era como se fosse a família dele relatou.
Embora seu serviço fosse voluntário, em sua vida profissional, Vincent passou a maior parte de seus 60 anos trabalhando como gerente de peças automotivas.
2 – Leite faz bem ao corpo
Para ajudar a sustentar sua família, Vincent abandonou a escola após a 8ª série e começou a trabalhar em uma fazenda de gado leiteiro aos 15 anos. Ele relembra que podia beber tanto leite quanto desejasse, o que, acredita, contribuiu para seu desenvolvimento, especialmente durante a Grande Depressão dos anos 1930.
“Eu tomava leite e me alimentava bem porque trabalhava na fazenda. E muitas vezes volto e penso que eles me deram um bom começo de vida e para os ossos do meu corpo”, declarou ao portal americano.
3 – Esteja sempre ativo
Vincent nunca se dedicou a levantar pesos ou frequentar academias, mas sempre manteve um estilo de vida ativo ao longo dos anos.
“Eu tinha 21 anos quando entrei para o corpo de bombeiros e esse é o exercício que faço todos os dias, atender aos alarmes de incêndio”, afirmou.
4 – Curta o que você come
O centenário compartilha sua predileção por comida italiana, hambúrgueres, saladas, chocolate ao leite e outros doces, acompanhados diariamente por uma xícara de café. De vez em quando, desfruta de uma cerveja, mas não é fã de outras bebidas alcoólicas.
Curiosamente, Vincent não aderiu aos padrões alimentares estritos observados em regiões conhecidas como Zonas Azuis, onde a longevidade é comum.
Para sua neta Erica, a constante atividade física de Vincent significava que suas escolhas alimentares e preocupações com peso não eram uma questão:
“Ele comeu o que quis. Ele nunca observou seu peso. Ele nunca teve que perder peso. Ele sempre esteve em forma”.
5 – Nunca é tarde para consertar um mau hábito
Se você está na faixa dos 30 anos e pensa que é tarde demais para abandonar o sedentarismo ou parar de fumar, talvez seja hora de reconsiderar. Vincent iniciou o hábito de fumar aos 50 anos, quando um colega lhe ofereceu um cigarro. Contudo, cerca de duas décadas depois, aos 70 anos, ele decidiu largar o vício.
6 – Ria da vida
De acordo com Erica, Vincent tem um senso de humor fantástico e faz questão de conhecer o nome de todos na cidade.
“Ele sempre teve uma atitude muito positiva e otimista, mesmo quando minha avó faleceu. Ele vivia para ela, mas estava determinado a continuar vivendo”, relatou.
Vincent concorda:
“Conhecer e amar as pessoas me faz viver mais. Eu me mantenho positivo. Nunca penso de outra forma quando algo está errado”.
Fonte: O Segredo