Já nas primeiras horas da manhã deste domingo (25), a Avenida Paulista começou a ser ocupada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), antecipando-se ao Ato Pela Democracia que teve início desde às 14h, horário de Brasília. Vestidos nas cores da bandeira, verde e amarelo, e com bandeiras do Brasil, os manifestantes se reuniram em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand).
O foco da concentração foi o trio elétrico principal, denominado “Demolidor”, de onde Bolsonaro e seus aliados políticos fizeram os pronunciamentos. Durante o encontro, os presentes compartilharam canções evangélicas, como “Porque ele vive” na interpretação de André Valadão, e proferem frases de apoio como “Eu vim de graça” e “Volta, Bolsonaro”, expressando seu apoio ao ex-presidente.
Bolsonaro chegou à manifestação por volta das 14h40, acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. O ex-mandatário se emocionou com a execução do Hino Nacional, que marcou sua subida no trio elétrico.
Em discurso aos presentes, o presidente de honra do PL disse que o povo brasileiro “não merece estar vivendo esse momento” e pregou em favor da liberdade como o “bem maior”: “Ainda podemos fazer muito pela nossa pátria”, iniciou Bolsonaro, acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que abriu o evento com uma oração.
“Levo pancada desde antes das eleições de 2018, passei quatro anos perseguido e essa perseguição aumentou quando deixei a presidência. (…)É joia, é importunação de baleia, é direito fora do país. (…) É tanta coisa que eles mesmos acabam trabalhando contra si”, afirmou Bolsonaro, citando parte das investigações que enfrenta na Justiça.
“‘Bolsonaro queria dar um golpe’. Isso desde quando assumi em 2019 ouvia e parte da imprensa reverberar. Golpe é tanque na rua e nada disso foi feito”, continuou, negando plano de tentativa de golpe de Estado – investigação que deu origem à convocação da manifestação. “Teria muito a falar, tem gente que sabe o que eu falaria, mas o que eu busco é a pacificação, é passar ‘borracha’ no passado. (…) Muito obrigado povo do Brasil”, continuou. O ex-presidente concluiu o discurso com recados ao público sobre as eleições municipais, pedindo que os presentes “caprichem nos votos, especialmente para vereadores”, e finalizou fazendo crítica ao afastamento de “opositores”. “Não podemos concordar que um poder tire do palco político quem quer que seja, não podemos pensar em eleições afastando os opositores”.
Para garantir a segurança da população no ‘Ato Pela Democracia’, foi intensificado o monitoramento com drones e câmeras, tanto fixas quanto móveis, parte do sistema Olho de Águia, além de um contingente de 2 mil agentes de segurança pública. A manifestação ocorreu em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo, marcando um momento significativo de mobilização dos brasileiros representantes da direita.
O Ato Pela Democracia, chamamento feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, contou com a presença do pastor Silas Malafaia, do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (NOVO), governador de Minas Gerais, Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina, Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, e de Ricardo Nunes (MDB), prefeito da capital paulista, e de centenas de parlamentares evidenciando um significativo apoio político ao evento.
Do MS
De Mato Grosso do Sul, participou do ato na Paulista a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, que gravou um vídeo convidando a todos os seguidores para participarem também. Os deputados estaduais Coronel David, João Henrique Catan e Lídio Lopes, e os deputados federais Rodolfo Nogueira e Marcos Pollon também participaram e fizeram transmissões ao vivo por meio de suas redes sociais.
O vereador da Capital e major do Exército Brasileiro, Sandro Benítez, em suas redes sociais, conclamou a população que não conseguiu ir até a Paulista para que usasse o verde e amarelo, como apoio à manifestação pacífica em São Paulo.
Infiltrados
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) destacou que a equipe organizadora do Ato Pela Democracia identificou a presença de “alguns infiltrados” entre os participantes, e que estariam agindo de forma contrária ao caráter pacífico esperado para o ato. Essa informação foi compartilhada pelo senador em seu perfil oficial na plataforma X, antigo Twitter.
Em suas declarações, o senador reforçou que a manifestação é destinada a ser “pacífica e ordeira”, mencionando que os responsáveis pelo evento estariam atentos aos indivíduos identificados como infiltrados. A segurança do evento na Avenida Paulista foi assegurada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), que empregou o uso de drones e câmeras de segurança, tanto fixas quanto móveis, para monitorar a situação.
Entre os oradores estiveram o ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia, além de congressistas aliados do ex-presidente.
A PM de São Paulo divulgou que cerca de 750 mil pessoas participaram do chamamento de do ex-presidente Bolsonaro neste domingo.
*Com informações das redes sociais dos participantes.
Olga Cruz