Nos últimos dias, boa parte das cidades do Brasil vem registrando recordes de calor. No último fim de semana, cidades de Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro atingiram máximas entre 37,1°C e 42,5°C. Até o momento, as datas estão entre as mais quentes do ano.
Para esta terça-feira (14) em MS, a previsão do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima indica tempo estável, com sol e altas temperaturas. Pancadas de chuvas, raios e rajadas de vento em algumas regiões do Estado, não estão descartadas.
Aliado às altas temperaturas, ainda deve ser registrado baixa umidade relativa do ar, entre 10% e 30%. Por isso, recomenda-se beber muita água e evitar exposição ao sol nas horas mais quentes e secas do dia.
Nesta terça-feira, os termômetros em Campo Grande devem marcar 27°C inicialmente, atingindo os 37°C ao longo do dia. Já Dourados tem mínima de 24°C e máxima de 36°C. Ponta Porã e Iguatemi atingem máximas de 34°C, enquanto as mínimas ficam entre 23°C e 24°C, respectivamente.
Na região do Bolsão, Três Lagoas tem 28°C pela manhã e 40°C no período da tarde, enquanto Paranaíba apresenta variação entre 24°C e 39°C. No norte, Coxim tem mínima de 25°C e máxima de 39°C.
Corumbá e Aquidauana, na região pantaneira, marcam 28°C no início do dia, com máximas que chegam aos 37°C e 38°C, respectivamente. No sudoeste do Estado, em Porto Murtinho, as temperaturas variam entre 27°C e 37°C.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) pelo menos seis Estados registram alerta. As regiões centrais no País, principalmente Sudeste e Centro-Oeste, devem concentrar as máximas mais extremas. O instituto projeta que a temperatura em algumas cidades pode aumentar em até 5°C acima da média.
Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), Brasília (DF) e Curitiba (PR) se juntam a São Paulo e Rio de Janeiro na lista de cidades mais quentes. No Sul e no Sudeste, o clima será tomado pelas chuvas.
El Niño
De maneira geral, as ondas de calor e instabilidades climáticas devem perdurar até maio de 2024, tendo seu pior período entre este mês de novembro de 2023 e janeiro do ano que vem. Isso porque, segundo o relatório divulgado pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM) na semana passada, o El Niño, fenômeno relacionado ao aumento nas temperaturas notado neste ano, deve atingir o seu pico somente agora.
A OMM afirma que o El Niño desenvolveu-se rapidamente durante julho e agosto e atingiu força “moderada” em setembro. O fenômeno só chegou a uma consistência, de acordo com os registros de temperatura da superfície do mar e outros indicadores, em outubro. Por isso, a expectativa da organização é que ele ainda não tenha atingido o seu maior pico.
“Provavelmente, (o El Niño) atingirá o pico, como um evento forte, em novembro-janeiro de 2024. Há uma probabilidade de 90% de que persista durante o próximo inverno/sul do Hemisfério Norte (verão no Brasil e demais países do Hemisfério Sul)”, afirma a OMM. “Com base nos padrões históricos e nas previsões atuais de longo prazo, prevê-se que diminua gradualmente durante a próxima primavera boreal (que acontece de 20 ou 21 de março até 20 ou 21 de junho).”
O fenômeno tem gerado efeitos mais longos e um calor mais latente por conta das mudanças climáticas, segundo os especialistas da OMM.
Redação