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Com energia limpa e sustentável, 1º eletroposto é realidade em MS 

A inauguração do 1º eletroposto de carga rápida para veículos e bicicletas elétricas de Mato Grosso do Sul foi nesta segunda-feira (24). Instalado no campus da UFMS, em Campo Grande, o eletroposto é um laboratório voltado à pesquisa sobre mobilidade e uso eficiente da energia.

“O eletroposto é uma parceria da UFMS, Detran-MS, Aneel e empresas do setor energético. Muito mais do que um simples posto de recarga de bateria veicular é um laboratório onde estão sendo testadas tecnologias voltadas à mobilidade e ao uso eficiente da energia. Queremos ser um estado carbono neutro em 2030. Assim, temos obrigação de apoiar todos as ações que nos conduzam a isso e é muito bom saber que estamos na vanguarda em alguns desses projetos, que contribuem para tornar Mato Grosso do Sul um Estado inclusivo, próspero, verde e digital”, afirmou o secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Semadesc, Ricardo Senna, que na ocasião representou o governador Eduardo Riedel.  

O diretor-presidente do Detrans-MS, Rudel Trindade, destacou a importância da parceria. “A UFMS, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e o Governo do Estado há anos perseguem o mesmo objetivo: avanço tecnológico. Em um período de dois a três anos devemos transformar a frota do Detran em veículos elétricos. Temos já a autorização do governador Eduardo Riedel para instalar mais dois eletropostos, um será na sede do Detran e o outro no Bioparque Pantanal. É um projeto fantástico e não podíamos ficar de fora. Agradeço muito à UFMS pelo convite para estarmos com vocês em uma ação que tem um futuro grande”, disse .

O eletroposto está instalado na Avenida da Ciência, em área próxima ao Restaurante Universitário. O abastecimento dos veículos e uso das bicicletas depende de um cadastro prévio feito por meio do aplicativo Ezbike.

Em Mato Grosso do Sul, já existem eletropostos de carga lenta, tipo de garagem. Segundo a Associação Brasileira de Veículos Eletrificados, atualmente há mais 1,5 mil postos instalados nas principais cidades e rodovias. A estimativa da entidade é de que nos próximos três anos haja pelo menos 10 mil empreendimentos espalhados pelo Brasil.

“Mato Grosso do Sul tem como proposta se tornar em breve um estado verde, sustentável. Agradeço a todos os parceiros, órgãos públicos e empresas, juntos criaremos um corredor em Campo Grande replicando estruturas como a que entregamos hoje e permitindo aos cidadãos da Capital usufruírem da tecnologia de carregamento rápido de veículos elétricos, além de subsidiar nossas pesquisas nessa área. Somos uma Universidade diferenciada”, ressaltou o reitor da UFMS, professor Marcelo Turine.

De acordo com o coordenador do projeto, Ruben Barros Godoy, “o eletroposto não é apenas uma estação de recarga, mas um grande laboratório”. “Não é possível enxergar, os sensores, algoritmos, aplicativos, enfim, equipamentos que possam nos ajudar a gerar dados que terminem em relatórios, teses, dissertações, trabalhos de conclusão de curso. Nossos artigos vêm sendo publicados nos melhores periódicos da área. Faço questão de mencionar o nome de alguns pesquisadores que foram importantes para que tudo acontecesse: professor Edson Batista e professor Moacir Brito e, ainda, nosso orientador que é o Thiago Matheus. Muito obrigado a vocês e às empresas executoras que trabalharam duro para que estivéssemos aqui. Nós somos uma das poucas, ou até a única, a trabalhar com o conceito V2G, vocês vão ver esse nome muitas vezes no nosso projeto”, disse.

Para utilizar o eletroposto é necessário efetuar apenas um cadastro. “Com base nesses dados – quantos carros, qual a média de abastecimento – vamos entender melhor quem utiliza esse serviço”, disse o professor. Ainda há possibilidade de retirar uma bicicleta elétrica para uso na Cidade Universitária e reabastecer o veículo acessando o aplicativo ezbike. “Estamos indo mais longe nas pesquisas e avaliando a possibilidade de abastecer os veículos sem a necessidade de alguém interagir. Tudo está sendo desenvolvido por nossa equipe”, finalizou o professor Godoy.

Olga Mongenot 

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