Além dos atletas das delegações de diversos países terem a preocupação com o próprio desempenho nas provas, eles ainda estão tendo que tentar resolver problemas nas mais diversas áreas, que vão desde ameaça de bomba nos metrôs, apagões, assaltos, vandalismo, e Vila Olímpica sem o básico de estrutura, como falta de comida, colchões inadequados e ausência de ar-condicionado nas acomodações.
Conforme publicou a influencer Nanda Xie, em sua conta na rede social X, “As fofocas das Olimpíadas em Paris: barracos, perrengues, escândalos, caos e muito mais!!!”, escreveu.

A influencer conta que resolveu escrever depois que um amigo, agente de viagem que está nas Olimpíadas, lhe informou que “Paris está um verdadeiro caos”.
A suspeita de bomba nos metrôs foi descartada após descobrirem que os cabos haviam sido roubados, tornando a mobilidade em Paris “um inferno”, horas antes da abertura oficial das Olimpíadas.

E o “caos” não pára por aí. Nanda destaca que além do ex-jogador Zico ter sido assaltado, outros problemas diversos estão acontecendo na Cidade Luz. “Os atletas estão passando por tanto estresse que dá a imoressso que Paris não se organizou adequadamente para o Jogos Olímpicos”, disse.


Ela aponta que a França proibiu redes de Fastfoods porque iriam oferecer alimentação feitas por chefes de alta gastronomia. O problema é que o restaurante na Vila comporta 3.300 pessoas, só que mais de 14 mil pessoas estão na Vila Olímpica, ou seja, formando filas gigantescas e os pratos sendo servidos mal acabados, com frangos até crus. A reclamação de atletas é da qualidade e até a quantidade de alimento oferecido.


Em um outro post, Nanda conta que atletas da Noruega tiveram que alugar 140 ventiladores porque as acomodações da Vila Olímpica não dispõem de ar-condicionado, e o calor na França está implacável.

Atletas suecos decidiram comprar outros colchões pós não conseguiram dormir nos colchões oferecidos na Vila, duros e confeccionados com papelão, o chamado “colchão anti-sexo”.
Conforme publicou a reportagem do Estadão, logo no primeiro dia de competições, na quarta-feira, houve invasão de campo por torcedores marroquinos nos minutos finais do polêmico jogo com a Argentina pelo futebol masculino. A bola voltou a rolar após duas horas para o encerramento da partida. O caso foi tratado pelas autoridades como algo de menor potencial, mas ajustes já entraram em vigor no dia seguinte, com atenção redobrada da equipe de segurança das arquibancadas para a estreia do futebol feminino.
No mesmo dia, o técnico da Argentina, Javier Mascherano, afirmou em entrevista que pertences pessoais do jogador Thiago Almada, do Botafogo, foram furtados durante treinamento da seleção em Saint-Étienne. Os relógios e anéis do atletas valem cerca de R$ 300 mil.
De falta de comida a ônibus sem ar

Conforme publicado pela Revista Marie Claire, Rayssa Leal estava exausta. Ela havia acabado de terminar um treino de 2h, para competir nas Olimpíadas 2024, quando se preparava para voltar com sua equipe e colegas para a Vila Olímpica. Mas, a espera pelo ônibus responsável pelo seu transporte que deveria ser de minutos acabaram se transformando em horas no sol, e a skatista de 16 anos decidiu denunciar o descaso nas suas redes sociais. Infelizmente, esse não foi o único – e quiçá nem o pior – problema enfrentado por uma esportista em Paris, por conta dos Jogos Olímpicos.
Falta de comida
Atletas britânicos decidiram boicotar os restaurantes na Vila Olímpica por conta da escassez de alimento e por terem recebido carne crua para se alimentar, conforme apurou o jornal “The Times”. Ao contrário do que foi prometido pelos organizadores do evento, a tão esperada experiência de comer pratos de primeira classe produzidos por chefs Michelin se transformou em longas filas, escassez de refeições e até mesmo racionamento de ovos e frango grelhado.
A equipe GB, então, preferiu levar um chefe do Reino Unido para a capital da França para garantir a boa alimentação dos atletas. Depois da denúncia a respeito dos problemas, os organizadores do serviço de buffet admitiram alguns problemas no fornecimento de alimento e prometeram corrigir a situação.
Espera de 3h
Rayssa Leal, por sua vez, precisou esperar mais de 3h por um ônibus que nunca chegou. Após aguardar das 16h20min até depois das 19h pelo transporte prometido, a jovem atleta e suas parceiras decidiram deixar o local combinado de aguardarem para serem levadas de volta para a Vila Olímpica depois de um treino, e foram de skate à procura de um táxi que as deixou no hotel.
A atleta desabafou sobre a situação nas redes sociais e agradeceu ao chegar no seu quarto depois de tanto tempo. Ela contou que o motorista se perdeu e acabou errando a rota, causando todo o empecilho.
Uniforme em tamanho errado
Antes mesmo do início dos Jogos Olímpicos 2024, a representante brasileira no lançamento de disco feminino em Paris, Izabela Silva, apareceu na web para desabafar a respeito do descaso com seu uniforme olímpico. A atleta que foi medalha de ouro no Pan de Santiago e finalista em Tóquio 2020 contou ter recebido apenas roupas masculinas e nenhuma peça feminina essencial. A justificativa seria que não há numerações maiores que o tamanho médio.
“Recebi 19 peças, contando com a mochila e os bonés, e o feminino ganhou 30 peças. Sabe como isso é triste? Pegar seu uniforme para a competição e fazerem uma dessas, falando que não tem numeração? Um top vai até o M. Gente! Eu acho que não dá nem para rir de nervoso, de tanta tristeza. Só porque eu sou um pouco maior, e daí? Pede um pouco maior”, lamentou por meio dos Stories do seu perfil do Instagram.
A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e a Puma, responsáveis pela distribuição de uniformes da competição lamentaram a situação vivida por Silva e disseram, em nota, estarem em contato com ela para chegar a uma solução para o problema.
O atleta de decatlo pelo Brasil, Balotelli, revelou sua frustração com os uniformes das competições, antes mesmo de embarcar para Paris, revelando que não recebeu equipamentos suficientes para as provas. Ele desabafou em sua conta no X.


Ônibus sem ar
Enquanto isso, a mesa-tenista brasileira Bruna Takahashi passou um sufoco ao pegar um ônibus sem ar condicionado na volta do seu treino para a Vila Olímpica, em Paris, em um trajeto que dura quase uma hora. A atleta compartilhou sua indignação nas redes sociais, explicando que também não podia abrir as janelas do veículo, por ordens da organização.
Para tentar amenizar a situação, Takahashi apelou para o seu mini ventilador portátil, na tentativa de aliviar um pouco o calor.
No Brasil – 2016
Vale lembrar que as Olimpíadas de 2016, realizadas no Rio de Janeiro, aqui no Brasil, salvo algumas poucas intercorrências, ocorreram tudo muito bem e dentro da normalidade. Com uma estrutura adequada aos atletas.
O problema veio somente depois, com obras que ficaram inacabadas e, as que foram utilizadas durante as competições, após o término dos jogos ficaram sem serventia virando elefantes brancos para a cidade do Rio de Janeiro, como bem destacou reportagem do G1 em 2021, antes das Olimpíadas de Tóquio.

*Com informações de Redes Sociais, Portal G1, Revista Marie Claire, Estadão e Portal Terra
Foto destaque de O Globo – melhorada com IA
Olga Cruz





