As Florestas Urbanas do Parque dos Poderes, Parque do Prosa e o Parque das Nações Indígenas, idealizadas e construídas pelo governador Pedro Pedrossian, são os gigantes que contribuíram para manter Campo Grande pelo 4º ano consecutivo na lista internacional de “Cidades Árvores do Mundo”.
“Os três parques juntos, de forma contínua formam uma das maiores áreas verdes urbanas do mundo. Ainda porque meu pai não conseguiu construir o maior parque, o mais grandioso que seria na região em frente ao aeroporto de Campo Grande, e que infelizmente não saiu do papel porque a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil não cedeu, porque na época era de sua propriedade”, revelou Rosa Maria, filha do governador Pedro Pedrossian.
Desde a criação do Programa em 2019, o título é concedido anualmente pela Arbor Day Foundation juntamente com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
“Florestas e árvores urbanas são um elemento-chave do desenvolvimento urbano sustentável, mas, acima de tudo, ajudam as cidades a se tornarem lugares mais verdes, saudáveis e felizes para se viver”, explicou a diretora-geral adjunta da FAO, Maria Helena Semedo.
Na semana em que foi comemorado o Dia Internacional das Florestas, 21 de março, Campo Grande recebeu pela quarta vez o reconhecimento junto a outras 168 cidades reconhecidas no ano passado, sendo oito delas localizadas no Brasil: Ribeirão Preto, João Pessoa, Maringá, Niterói, Rio de Janeiro, São Carlos, São José dos Campos e São Paulo.
Florestas Urbanas
Há exatos 42 anos, em 1981, a visão de futuro do engenheiro e então governador de Mato Grosso do Sul Pedro Pedrossian, tirou do papel os projetos e edificou os Parques Florestas Urbanas que hoje projetam Campo Grande entre as cidades mais verdes do mundo.
A idealização e construção do Parque dos Poderes Governador Pedro Pedrossian data de 1980-1983/1991-1995, concentra as sedes administrativas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de Mato Grosso do Sul. Conforme o Plano Diretor do Parque, a reserva florestal ecológica possui 285 hectares. O espaço abriga nascentes de córregos, apresenta extensa área de vegetação nativa, com espécies preservadas da fauna e da flora regional, une o resgate histórico com a preservação do meio ambiente.
Já o Parque Estadual do Prosa é uma Unidade de Conservação Estadual de Proteção Integral, criada primeiramente como Reserva Ecológica do Parque dos Poderes também em 1981, foi elevada à categoria de Parque Estadual do Prosa por meio do Decreto Estadual nº 10.783/2002 publicado em 21 de maio de 2002. O Parque possui 135, 2573 hectares e está situado dentro do perímetro urbano do município de Campo Grande.
O Parque das Nações Indígenas, foi criado com o Decreto nº 7.354/93, de 17 de agosto de 1993, como “complexo de lazer, cultural e desporto da área. A criação do PNI ocorreu com a desapropriação feita pelo Governo de diversas chácaras e terrenos, localizados às margens dos córregos Prosa e Reveilleau, situados no perímetro urbano compreendido pelas avenidas Afonso Pena e Mato Grosso, e pelo córrego Sóter.
Com uma área de 1.163.876,98 m² possui uma relevante importância no lazer e turismo da cidade.
Atualmente, o complexo do Parque das Nações Indígenas abriga também o lindo e moderno Bioparque Pantanal.
Além dos parques, o compromisso com a gestão florestal urbana, a arborização de ruas e avenidas, a preservação de árvores centenárias também são fatores que contribuem na lista de cidades com o selo verde, Campo Grande preenche todos os requisitos.
O Programa
O programa Tree Cities of the World é uma parceria da FAO e da Arbor Day Foundation, lançado em 2019. Sua visão é conectar cidades ao redor do mundo em uma nova rede dedicada a adotar as abordagens mais bem-sucedidas para o manejo de árvores e florestas urbanas.
As cidades reconhecidas fazem parte de uma rede que continua a crescer, proporcionando uma oportunidade de aprender as melhores práticas umas com as outras enquanto buscam a excelência em silvicultura urbana.
Para receber o reconhecimento por meio do programa Tree Cities of the Worlduma vila ou cidade deve atender a cinco padrões básicos:
1- Estabelecer responsabilidade
A cidade precisa ter uma declaração por escrito dos líderes municipais delegando a responsabilidade pelo cuidado das árvores dentro dos limites municipais a um funcionário, um departamento da cidade ou um grupo de cidadãos – chamado Tree Board.
2- Defina as regras
A cidade necessita ter uma lei ou uma política oficial que regule o manejo de florestas e árvores. Essas regras descrevem como o trabalho deve ser realizado – muitas vezes citando as melhores práticas ou padrões da indústria para cuidar de árvores e segurança do trabalhador – onde e quando se aplicam, e penalidades por descumprimento.
3- Saiba o que você tem
A cidade precisa ter um inventário atualizado ou avaliação dos recursos arbóreos locais para que um plano eficaz de longo prazo para plantio, cuidado e remoção de árvores da cidade possa ser estabelecido.
4- Alocar os Recursos
Um orçamento anual dedicado à implementação rotineira do plano de manejo de árvores também é necessário para a cidade se classificar.
5- Comemore Conquistas
A cidade precisa também ter uma data ou programas em comemoração anual das árvores para conscientizar os residentes e reconhecer os cidadãos e funcionários que realizam o programa de árvores da cidade.
*informações https://treecitiesoftheworld.org/
Olga Mongenot
