A capacitação para policiais civis de Mato Grosso Sul, para atendimentos em ocorrências envolvendo povos originários, é uma iniciativa da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) e a SEC (Secretaria de Estado da Cidadania), em parceira com a Acadepol (Academia de Polícia Civil).
Representantes das secretarias e da Acadepol participaram de uma reunião na Secretaria da Cidadania para discutirem a programação do evento que prevê a realização da capacitação na Capital e ainda em cinco regionais do Estado.
O objetivo é de qualificar os recursos humanos para atuarem de forma integrada e completa, promovendo ações para a eficiência e a eficácia na formulação de novas práticas de intervenção, investigação e atuação em cenários de crime dentro das aldeias indígenas, de forma a respeitar os direitos humanos e o Estado de Direito, com foco em uma resolutividade satisfatória no esclarecimento desses crimes.
A secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza, ressalta que as diversas comunidades indígenas do Mato Grosso do Sul exibem uma rica variedade linguística, tradições e costumes.
“Portanto, é de suma importância que os policiais compreendam essas distintas expressões culturais, reconhecendo e integrando as perspectivas e necessidades específicas dessas comunidades em suas práticas policiais. Uma instrução adequada pode orientar os policiais com as habilidades necessárias para interagir de forma empática e eficiente dentro dos territórios indígenas, abordando as complexidades do cotidiano com sensibilidade cultural e respeito às tradições locais”, disse.
Já para o delegado Tiago Macedo, respondendo pela Secretaria-Executiva de Segurança Pública, essa iniciativa “fortalecerá mais ainda o atendimento aos povos originários e a realização da justiça, por meio das ações de polícia judiciária na fase preliminar da persecução penal, aproximando o Estado da comunidade e permitindo um trabalho mais célere, efetivo e resolutivo nas comunidades que serão alcançadas pelo serviço policial. Aliás, esse é um objetivo governamental, ser mais inclusivo, mais efetivo, permitindo que esse atendimento atinja a todos e reflita em maior segurança pública à população”, conclui.