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No Dia Mundial do Café veja curiosidades e benefícios da bebida mais popular do mundo

Nesta sexta-feira (14), é celebrado o Dia Mundial do Café. Embora a planta tenha surgido, muito provavelmente, no continente africano, na Etiópia, há milhares de anos, esta é a bebida energética mais popular do Brasil e a 2ª mais consumida depois da água. Inclusive, a história do nosso país seria outra se não fosse o cafeeiro e o seu característico fruto vermelho.

Café extraforte não tem mais cafeína

Existe a ideia de que quanto mais forte, amargo e escuro é o café, mais cafeína e efeito “energizante” a bebida terá. No entanto, isso não passa de senso comum e, na maioria das vezes, o café comercializado como extraforte só é o de pior qualidade. Sem nenhuma característica especial, como uma dose extra de cafeína.

O que dá a cor ao pó de café é o processo de torragem, sendo que este não afeta obrigatoriamente a quantidade de cafeína do produto. Nesse sentido, o café extraforte é “só” o mais queimado de todos. Como o grão está quase todo torrado, é nessa leva que os produtores costumam incluir as sementes de qualidade inferior e, às vezes, folhas e gravetos da colheita que não foram separadas adequadamente. De forma grosseira, é o resto da produção e, como tal, é mais barato nos mercados.

Explicação científica para o hábito de não usar açúcar no café

Ainda mais polêmico que a discussão se é biscoito ou bolacha, é o debate entre os aficionados por café puro e os adoradores da bebida com açúcar ou adoçante. O mais curioso dessa história é que, segundo cientistas da Universidade George Washington, nos EUA, a rinha pode ser explicada através da biologia.

Após analisar os hábitos de consumo de mais de 500 mil norte-americanos, os pesquisadores descobriram que a explicação para a preferência, muito provavelmente, está na genética e no grau de sensibilidade dos indivíduos para os efeitos da cafeína no corpo. Aqueles que se dão melhor com os efeitos da substância e a absorvem mais rápido, em média, preferem não adicionar açúcar. Esse grupo de pessoas também tende a preferir chocolate amargo.

Use com moderação

Pode parecer alarmista a ideia de usar uma planta com moderação, mas o café pode, sim, ser considerado a droga psicoativa mais consumida no mundo. Como tal, o abuso da substância é capaz de gerar dependência. Segundo pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, os sintomas mais comuns da abstinência de cafeína são: Fortes dores de cabeça; Fadiga; Humor disfórico, como mau-humor; Incapacidade de concentração; Sintomas semelhantes aos da gripe.

Segundo os cientistas, em artigo publicado na revista Journal of Caffeine Research, “verificou-se que a gravidade dos sintomas aumenta à medida que a dose diária de cafeína é maior”. Então, o conselho é: coloque um limite saudável no seu consumo, mesmo que hoje seja o Dia Mundial do Café.

Benefícios 

Diminui o risco de morte precoce

A ciência já comprovou: café faz bem para a saúde, considerando pessoas saudáveis e doses moderadas. Se você tem alguma alteração cardíaca ou foi diagnosticado com Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), vale checar com o seu médico o quanto da bebida pode ser ingerida por dia. Às vezes, não é nem recomendada.

Para além desses casos específicos de contraindicação, diferentes estudos já mediram os benefícios obtidos entre aqueles que têm como hábito tomar café diariamente. Outra pesquisa recente, liderada por pesquisadores da Universidade de Jinan, na China, apontou para a menor incidência de morte precoce por diversas causas associadas com a ingestão diária.

Mantém a pressão arterial baixa

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Bolonha e do Hospital Universitário da Policlínica Bologna-Sant’Orsola, ambos na Itália, mostrou que pessoas que bebem café regularmente têm a pressão arterial mais baixa, quando comparadas àquelas que não bebem. A pesquisa, publicada na revista Nutrients em janeiro, analisou a pressão de 720 homens e 783 mulheres, assim como o hábito de consumo de café, comparando a cada um. 

Os resultados confirmaram que a pressão arterial periférica foi significativamente menor em indivíduos que consumiam de uma a três xícaras de café por dia do que naqueles que não tomavam café. O efeito também foi verificado na pressão aórtica central , aquela próxima ao coração.Assim, foram confirmados os efeitos benéficos do café para a redução de doenças cardiovasculares 

Pode reduzir o risco de diabetes tipo 2

Um estudo financiado pelo ISIC (do inglês, Instituto de Informações Científicas sobre Café) constatou que a bebida está ligada a uma possível redução do risco de DM2 (diabetes mellitus do tipo 2). Os dados foram publicados no periódico Clinical Nutrition.

A partir da análise de dados, os pesquisadores concluíram que o aumento de uma xícara por dia no consumo de café diminuía de 4% a 6% no risco do desenvolvimento de DM2. Além disso, foi percebida uma menor resistência à insulina e maiores concentrações de adiponectina, hormônio que regula o metabolismo da glicose e lipídios, demonstrando efeitos anti-inflamatórios e sensibilizadores da insulina. De toda forma, é preciso ficar atento para não exagerar no açúcar no cafezinho. 

Diminui os sintomas de asma

Pesquisas publicadas nos periódicos científicos JAMA (Jornal da Associação Médica Americana), em 1999, e Gastroenterology, em 2002, mostraram que pessoas que consomem moderadamente café têm 30% menos riscos de desenvolver sintomas de asma. A bebida possui efeitos broncodilatadores

Reduz o risco de lesões renais

Um estudo publicado em 2022 no Kidney International Reports mostrou que o café reduz o risco de lesões renais. O estudo, que contou com a participação de mais de 14 mil adultos entre 45 e 64 anos, constatou que um maior consumo da bebida diminuiria tal risco e que poderia ter efeitos protetores cardiorrenais

Menor risco de Parkinson

Outro estudo publicado no JAMA, em 2000, mostrou que homens que consumiam pelo menos três ou quatro xícaras de café por dia apresentavam um risco cinco vezes menor de desenvolver Parkinson, quando comparados àqueles que não bebiam.

Reduz a incidência de depressão

Uma pesquisa publicada no Psychopharmacology, em 2002, demonstrou que doses moderadas de cafeína aumentavam a disposição e o bom-humor. Ainda, estudos publicados no periódico European Journal of Pharmacology, do mesmo ano, e na revista Neuroreport, em 2003, mostraram que o ácido cafeico possui efeito ansiolítico e antidepressivo, quando administrados em animais submetidos ao estresse. Todavia, a bebida é contraindicada para pessoas com transtorno de ansiedade, incluindo síndrome do pânico, em um contexto de crises

Efeito protetor no fígado

Um estudo publicado no científico Journal of Hepatology, em 2007, concluiu que o café tem um efeito protetor no fígado em relação ao desenvolvimento de cirrose hepática e cirrose alcoólica. As pesquisas publicadas no European Journal of Epidemiology, em 2000, e na revista Gastroenterology, em 2005, comprovaram, também, que a bebida diminuiria os níveis de duas enzimas marcadoras de doenças hepáticas.

A bebida é tão popular e necessária para muitas pessoas que as redes sociais estão cheias de memes. Um vídeo que viralizou no Brasil é o do “Vovô do Café” – remixado diversas vezes virando até “hit musical”. 

Dê boas risadas assistindo o vídeo pelo link abaixo.

https://www.youtube.com/watch?v=VxRpkfcXEpA

Olga Mongenot

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