O Outubro Rosa é uma campanha mundial dedicada à conscientização sobre o câncer de mama, com o objetivo de promover a detecção precoce, aumentar a visibilidade da doença e apoiar quem está em tratamento. A iniciativa teve origem nos Estados Unidos, em 1985, fruto de uma parceria entre a American Cancer Society e a empresa farmacêutica AstraZeneca. Com o tempo, a campanha se espalhou por outros países, ganhando força nos anos 1990, quando a Fundação Susan G. Komen for the Cure começou a distribuir o laço rosa, que se tornou o símbolo da luta contra o câncer de mama.
No Brasil, o Outubro Rosa foi adotado no início dos anos 2000, e desde então, tem sido uma oportunidade para discutir sobre o câncer de mama, as estratégias de prevenção, tratamento e a importância do diagnóstico precoce. A cor rosa é usada para simbolizar o cuidado e a mobilização, com ações que vão desde palestras e eventos até a iluminação de monumentos públicos.
A importância do autoexame e do diagnóstico precoce
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo, com cerca de 2,3 milhões de novos casos em 2020, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que cerca de 73 mil novos casos de câncer de mama sejam diagnosticados anualmente.
A detecção precoce é importante para o tratamento eficaz e a cura. Quando identificado em estágios iniciais, a taxa de sobrevida em cinco anos pode ultrapassar 90%, de acordo com a American Cancer Society. Um dos métodos mais acessíveis de se perceber alterações iniciais é o autoexame das mamas, que consiste em observar e apalpar os seios regularmente para identificar mudanças na textura, presença de nódulos, inchaços, ou alterações na pele.
Embora o autoexame não substitua exames clínicos e mamografias, ele pode ser uma ferramenta auxiliar importante, pois permite que a mulher conheça o próprio corpo e perceba rapidamente alterações que podem necessitar de investigação médica. As diretrizes da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomendam que, a partir dos 40 anos, as mulheres façam mamografias anuais como parte do rastreamento do câncer de mama. Mulheres com histórico familiar de câncer de mama ou fatores de risco adicionais devem começar o monitoramento ainda mais cedo, de acordo com orientação médica.
Além disso, é importante destacar que o autoexame pode ajudar na descoberta de outras alterações benignas, como cistos e fibroadenomas, que, embora não sejam câncer, também exigem avaliação profissional.
O Outubro Rosa reforça a necessidade da educação e do apoio contínuo para mulheres diagnosticadas com câncer de mama, além de incentivar a adoção de práticas de prevenção, como o autoexame e a realização regular de mamografias. O diagnóstico precoce, possibilitado por essa vigilância, é um dos fatores mais importantes para aumentar as chances de cura e reduzir a mortalidade relacionada à doença.