A PGE (Procuradoria-Geral do Estado) participou nesta terça-feira (27), do seminário “Inovação em Compras Públicas: MS na Pauta do Desenvolvimento Econômico e Territorial”. Na ocasião, gestores, procuradores, servidores e empreendedores compartilharam experiências em inovação para ajudar a aperfeiçoar os serviços prestados à população e no crescimento do Estado.
A procuradora-geral do Estado, Ana Carolina Ali Garcia, pontuou algumas experiências em fase de desenvolvimento ou aplicação no âmbito da PGE, desempenhadas pelo LabPDI (Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) e pelos servidores da CIGE (Coordenadoria de Inteligência e Gestão Estratégica).
“A gente conta com este ambiente desde 2021, onde temos alguns exemplos de projetos em inovação, como o Quati, um algoritmo de processamento de linguagem natural que identifica as prescrições intercorrentes na execução fiscal. Estamos em fase final de treinamento deste robô, para que ele possa trabalhar com mais efetividade e dar celeridade ao trabalho do procurador”, detalhou.
Ana Ali citou ainda outros projetos que já vem sendo utilizados dentro da PGE, como o sistema desenvolvido para o setor de Gestão de Pessoas, que faz a contagem do tempo de serviço do servidor, e a utilização da metodologia OKR, que é uma ferramenta de gestão por resultados.
“Também em parceria com o Ministério Público, o desenvolvimento do nosso Planejamento Estratégico e ainda a nossa Unidade de Inteligência e Estatística, que nos auxilia na tomada de decisão diária como gestores”, complementou.
Legislação Estadual
A procuradora do Estado Kemi Helena Bomor Maro, chefe da Coordenadoria Jurídica Residual de Entidades Públicas, também palestrou durante o evento e falou sobre a necessidade do fortalecimento dos ecossistemas de inovação no setor público, com objetivo de proporcionar competitividade ao Estado.
“O Estado deve induzir políticas públicas de ciência e tecnologia, por meio de uma política industrial, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, adotando medidas de estímulo como incentivos fiscais e financiamentos, o que resulta em frutos como o conhecimento e a inovação, a especialização da mão de obra, a alta lucratividade empresarial e uma sofisticação de bens e serviços”, explicou.
E é nesse contexto, segundo ela, que Mato Grosso do Sul apresenta um Projeto de Lei que incentiva a pesquisa, o desenvolvimento, e institui o Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação.
A proposta surge por meio do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, um conjunto de reformas que estabelece as diretrizes para o desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil.
“Nossa proposta apresenta alguns avanços importantes como o fortalecimento do sistema estadual de ciência, tecnologia e inovação, a reativação do Conselho Estadual, a criação do fundo e a ampliação das medidas de estímulo ao setor”, resumiu.