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Projeto da Agems leva educação ambiental à crianças de Rio Negro 

A aula na Escola Municipal São Francisco, em Rio Negro, foi diferente para cerca de 140 crianças do 1º ao 5º ano. Na terça-feira (7) os alunos ficaram reunidos na quadra de esportes, e se divertindo, aprenderam com o projeto de educação ambiental da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agems).

Em vez de lápis e caderno, um bate-papo animado, ilustrado por dicas e oficinas sobre reciclagem de resíduos sólidos.

Esse foi o primeiro município a participar do projeto, que vai ser realizado em diversas escolas de Mato Grosso do Sul, em uma iniciativa integrada da Diretoria de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos, Diretoria de Relações Institucionais e Ouvidoria da Agência.

Educação para a sustentabilidade

A parceria com as instituições de ensino abre as portas para a entrega de um conteúdo que não está na grade regular, e que coloca a Agems na vanguarda de ações para o atingimento de dois grandes objetivos de desenvolvimento sustentável do Milênio estabelecidos pelas Nações Unidas: Garantir qualidade de vida e respeito ao meio ambiente; Estabelecer parcerias para o desenvolvimento.

“É um projeto que elaboramos com carinho, que tem a ver com um novo momento da Agência, de incentivar e apoiar as cidades na gestão de resíduos sólidos, despertando nas crianças o protagonismo nas ações”, conta a diretora Iara Marchioretto. 

Nem tudo é lixo

Uma das primeiras informações que as crianças recebem é que nem tudo que é descartado em casa é lixo. A expressão “resíduos sólidos” começa a fazer parte do vocabulário dos estudantes, que ouvem, perguntam, aprendem, opinam e também mostram que já têm noção do conceito de reciclar e reaproveitar.

O trabalho com essa primeira turma colocou em prática a experiência de falar e demonstrar, com ilustração e embalagens reais, a diversidade de materiais desprezados, a possibilidade de reaproveitamento e a necessidade do descarte correto.

“Estamos muito contentes com o resultado. Acho que as crianças se divertiram com a atividade, a participação dos professores e direção foi excelente, e os estudantes mostraram colaboração e interesse”, observa a analista da Ouvidoria, Nauristela Paniago.

“A Agência tem buscado cada vez mais trazer os municípios próximos, não somente oferecer a regulação e a fiscalização na área técnica, como também nos aproximar das comunidades”, conta a coordenadora da Câmara de Resíduos Sólidos, Danielle Vendimiati, uma das responsáveis pela oficina.

Pequenos multiplicadores

A diretora Nicea Maria dos Santos se entusiasmou com o projeto. “Para a nossa escola foi um momento fundamental, porque esse é um assunto bem recorrente, principalmente aqui no nosso município em que o saneamento está avançando agora. As crianças vão levar a mensagem para casa. Elas são a base, tudo o que a gente planta na cabecinha delas, elas fazem fluir”, aposta. “Acredito que muitos deles vão estar passando isso ainda hoje para a família”, completa a professora Simone Ferreira.

Algumas crianças falam com orgulho do que já sabem sobre cuidar direitinho do lixo que sai de casa, como Ana Paula, de 6 anos, uma das mais animadas durante a oficina. “Temos que tomar cuidado com o ambiente, não jogar lixo pela cidade, nem na nossa rua, porque isso faz muito mal”, diz, com firmeza. Na linguagem típica infantil, a menina se esforça para falar direitinho a palavra “reciclável”, e mostra que entende muito bem o que significa. “A gente também tem que separar o lixo, não jogar tudo junto, tem que separar com cuidado o que não é reciclável e o que é. Tem que olhar muito bem’’, ensina ela, sorrindo.

Também com seis anos, Maria Julia já demonstra uma consciência invejável. Ela chega a fechar os olhos para dizer, em tom de desabafo, que “é muito feio” jogar o lixo ‘no mundo’. “Se fizer isso, a natureza não vai aguentar, e vai parar de ‘fazer produtos’. Se continuar assim, a cidade não vai mais aguentar”.

Redação

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