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Seca no Rio Paraguai reflete na crise hídrica do Pantanal de MT/MS

Em Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá), foi observada a segunda cota mais baixa da história, com 40 cm

Em decorrência do déficit de chuvas, as águas da Bacia Hidrográfica do Paraguai continuam atingindo níveis extremamente baixos, que refletem a crise hídrica enfrentada pelo Pantanal, entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

As atuais condições confirmam as projeções do Serviço Geológico do Brasil (SGB), que, desde fevereiro deste ano, alerta para o cenário de seca no bioma pantaneiro.

Conforme dados do SGB, em praticamente todas as estações monitoradas, no último dia 21 deste mês, o volume das águas está abaixo do normal para este período.

A exceção fica por conta do Rio Cuiabá, na Capital mato-grossense, em razão da operação da usina hidrelétrica de Manso, além da estação no Rio Aquidauana, em Aquidauana (MS).


Já em Barra do Bugres (168 km ao Médio-Norte de Cuiabá), a cota no Rio Paraguai chegou a 29 cm, a terceira mínima histórica.

Por lá, a marca está atrás apenas dos anos de 2023 e 1967, quando chegou a 28 cm.
Em Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá), foi observada a segunda cota mais baixa da história, com 40 cm.

O recorde ocorreu em 2021, quando o nível do Rio Paraguai chegou a 24 cm.

Já na Capital, o Rio Cuiabá, a cota atingida foi de 90cm.

Em 2000, o nível chegou a -11 cm e, em 1999, a -07cm.

As projeções indicam ainda que em Ladário (MS), considerada estação de referência, o nível do rio pode atingir cotas negativas ainda neste mês e as mínimas históricas em 2024.

A última cota observada foi de 9 cm. Em duas semanas, o nível do rio baixou 26 cm.

Pesquisador em geociências do SGB, Marcus Suassuna destacou, por meio da assessoria de imprensa, que “como o prognóstico de chuvas não indica um início precoce da estação chuvosa, pelo contrário, o ano de 2024 pode reunir elementos das duas piores secas, com níveis muito baixos e um risco de início tardio das chuvas”.

De acordo com o SGB, as cotas representam valores associados a uma referência de nível local e arbitrária, válida para as réguas linimétricas específicas de cada estação.

As projeções indicam que, nas próximas duas semanas, são esperados acumulados de chuva insignificantes na região.

“Esse prognóstico de chuvas, caso se concretize, combinado com a tendência observada nos últimos dias, indica continuidade do processo de vazante em Cáceres, Ladário, Forte Coimbra e Porto Murtinho, e redução dos níveis em todos os outros locais”, traz boletim do SGB.

Vale reforçar que a situação afeta de forma intensa o Pantanal, maior área úmida contínua do planeta, que sem o pulso de inundação mais uma vez é consumido pelo fogo.

Ainda em maio passado, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou situação crítica de escassez de recursos hídricos na Bacia do Paraguai, que abrange parte dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Fonte: Água Boa News

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