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Após atentados em escolas, Fake News prolifera espalhando o medo nas redes sociais

A onda de mentiras espalhadas pelas redes sociais multiplicaram nos últimos dias em todo o Brasil. Infelizmente, aqui em Mato Grosso do Sul não é diferente. A pergunta que não quer calar: O que leva pessoas a agir premeditadamente, aproveitando-se de situações de extremo horror, e espalhar mentiras em grupos de WhatsApp promovendo ainda mais medo e pânico nas pessoas?!

Portais de notícias têm publicado diversos casos do medo instalado nas famílias do País e de nosso Estado. O portal do Correio do Estado mostra nesta manhã de quinta-feira (13) que a  Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, junto a equipe da ronda escolar do Programa “Escola Segura, Família Forte”, lançado na última quarta-feira (12) pelo governador Eduardo Riedel, tem recebido inúmeros casos de alarmes falsos em escolas da Capital.

O subtenente da PM, Armindo Santa Cruz, explicou que os alarmes falsos de ataques geram pânico desnecessário em toda a comunidade escolar. “Muitas vezes, esses adolescentes que estão nas escolas não têm noção da gravidade da distribuição de informações falsas e do pânico que essas ‘brincadeiras’ causam”.

O subtenente expôs que na maioria das vezes os alunos que promovem e divulgam os alarmes falsos fazem com o objetivo de alterar o calendário acadêmico das escolas e escaparem de alguma obrigação escolar.

Os casos pontuados por Armindo Santa Cruz são de adolescentes que por “quererem matar aulas” têm espalhado essas fake news. Contudo, as mentiras não estão sendo espalhadas somente por crianças e adolescentes.

Nesta quinta-feira, o Campo Grande News publicou que uma mulher, de 35 anos, foi levada para a delegacia para prestar esclarecimentos após publicar no Facebook que uma escola estava sendo atacada, provocando o horror entre os pais dos estudantes, em Corumbá. De acordo com as informações, ela confirmou à Polícia Civil a publicação das mentiras e confessou estar arrependida.

Como assim?! Arrependida?! Nos perguntamos: O que uma pessoa ganha com esse tipo de atitude insana? 

O pânico causado com essas fake news (mentiras) chegou ao ponto de adolescentes decidirem se armar “para se defender”. Entre terça e quarta-feira desta semana, estudantes de colégios públicos e particulares da Capital foram pegos com facas, canivete e até martelo em mochilas. Nos três casos, meninos e meninas alegaram que estavam prontos para responder a agressões em caso de ataque.

No fim da manhã de hoje, um menino de 12 anos, estudante de um colégio particular localizado no Jardim Leblon, em Campo Grande, foi pego com duas facas e martelo na mochila. A PM foi chamada e o menino acabou sendo levado para a Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude.

Em depoimento, ele afirmou que não tinha a intenção de ferir ninguém. Aliás, só foi pego porque a conversa dele com um amigo acabou sendo delatada por outros colegas. Ele disse que o colega poderia ficar perto dele caso alguma coisa acontecesse, porque ele estava “pronto para defender”.

Absurdo dos absurdos! Sem palavras para descrever esse momento!

Reforço na Segurança das Escolas 

Nesta semana, tanto a Prefeitura de Campo Grande, como o Governo do Estado, anunciaram diversas medidas reforçando a segurança dos alunos e professores das escolas da Rede Estadual e Municipal de Ensino. 

Botão do Pânico, sistema de câmera, alarmes, policiamento redobrado, ronda policial por viaturas e com helicópteros são algumas das medidas que estão sendo adotadas para garantir a segurança nas escolas. 

A administração pública como um todo está mobilizada e com a força-tarefa procurando fazer a sua parte, todavia, os pais precisam sim, principalmente fazer também a sua parte. 

Quando digo pais, não estou aqui querendo dizer somente pai e mãe, porque sabemos que muitas crianças e adolescentes não têm a presença do casal em casa, muitos são criados somente ou pelo pai, ou pela mãe, ou por tios, avós, tutores. 

Digo, que a pessoa responsável por essa criança ou adolescente que seja efetivamente presente em suas vidas. Conversem, vejam o que tem dentro da mochila antes de irem para a escola, ou que o menor tem guardado dentro de seu quarto, com que tem conversado pelas redes sociais. 

A argumentação de que: “é a minha privacidade”, não existe quando o assunto é um menor de idade, mesmo porque ele não responde por ele perante a sociedade e muito menos em juízo.

Penso que, com essas pequenas mudanças, além de evitar a propagação do pânico nas escolas e nas familias, casos como de abuso infantil, sumiços de adolescentes e crianças, e todo tipo de violência contra o menor (vulnerável), os diversos casos que se repetem diariamente na sociedade, poderá sim, diminuir sensívelmente e mudar a triste estatística desses casos. 

*O artigo reflete a opinião pessoal da autora.

Olga Mongenot 

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