O evento realizado nesta quarta-feira (09), contou com a presença do presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, do governador Eduardo Riedel, do ex-governador Reinaldo Azambuja, da ministra Simone Tebet, da senadora Tereza Cristina, de outras autoridades, empresários e de representantes da empresa chilena.
Geraldo Alckmin cumpriu a agenda após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcar na noite de terça-feira (8) para Honduras, onde participa da 9ª Reunião de Cúpula de Chefes de Estado da Celac.
“Este é o maior projeto do mundo de celulose em uma única etapa, conte conosco na nova indústria Brasil, pesquisa, desenvolvimento e inovação. A rota bioceânica vai fazer uma ligação histórica com o Atlântico e Pacífico, um ganho para essa região, extraordinário”, disse Geraldo Alckmin em seu discurso.
Na ocasião, o presidente da Arauco Brasil, Carlos Altimira, reforçou o compromisso do fortalecimento econômico do Estado.
“É uma alegria celebrar nosso compromisso de transformação econômica de Mato Grosso do Sul, do Brasil, estamos no principal eixo de produção de celulose do País”.
Empregos
O projeto Sucuriú deve gerar 14 mil empregos durante a fase de construção e 100 mil empregos quando o projeto já estiver concluído.
Produção
Para abastecer a fábrica, a área plantada de eucalipto chegará a 400 mil hectares. Além de celulose, a planta também produzirá bioeletricidade, com geração de 400 MW de energia. Deste total, 200 MW serão consumidos pela própria fábrica, e os outros 200 MW serão disponibilizados na rede elétrica.
Desde meados do ano anterior, a extensa área designada para a fábrica passou por intensos trabalhos de terraplanagem, preparando o terreno para esta nova fase de desenvolvimento. O local, que já contava com cercamento e alojamentos iniciais, agora se prepara para uma expansão significativa de sua infraestrutura para abrigar o crescente número de trabalhadores envolvidos na construção, que deve alcançar um pico de aproximadamente 14 mil pessoas.
A Arauco, empresa de origem chilena com um histórico de investimentos em plantio de eucalipto no Estado, estabeleceu importantes parcerias com o Senai e o Sebrae para promover a qualificação da mão de obra local e preparar empresas da região para atuarem como fornecedoras. A relevância do projeto atraiu executivos de alto escalão da empresa, incluindo o CEO global, Cristian Infante, que vieram do Chile para prestigiar a solenidade. O embaixador do Chile no Brasil, Sebastián de Polo, também marcou presença no evento.
Projeto Sucuriú
O projeto marca a entrada da divisão de celulose da Arauco no Brasil e consiste na construção de uma fábrica de celulose com capacidade para produzir 3,5 milhões de toneladas de fibra curta ao ano. O investimento será da ordem de US$ 4.6 bilhões, e a previsão é que a operação tenha início em 2028.
A planta industrial será construída a 50km da cidade de Inocência (MS), na margem esquerda do Rio Sucuriú (que dá nome ao projeto). Ela ficará a 100km do Rio Paraná, próximo à rodovia MS 377 e a 47km da malha ferroviária – canais que garantirão a eficiência logística ao escoamento da celulose para exportação e mercado interno.
De acordo com a Arauco, o Brasil foi escolhido porque acreditam que o País seja um polo importante para a estratégia global, especialmente o Estado do Mato Grosso do Sul e a cidade de Inocência, para continuar projetando o desenvolvimento futuro. “Somos uma empresa de longo prazo, plantamos árvores que serão colhidas em sete anos. Por isso, trabalhamos sempre com planejamento e gestão contínua”.
O Governo do Mato Grosso do Sul possui uma política industrial e florestal (por meio do Pró-Floresta) bem estruturada para o setor, tanto que hoje é o maior Estado produtor de celulose do País e deve continuar sendo por muito tempo. A visão do Governo de ser o “vale da celulose” está sendo implementada com êxito e deve ser bem-sucedida a longo prazo. Importante destacar que o MS tem um clima muito favorável à plantação de eucalipto. Nesta região, a árvore demora cerca de sete anos para crescer e atingir o ponto ideal de corte. É metade do tempo que essa árvore demora para crescer no Chile (12 anos), por exemplo.
Olga Cruz
*Com informações do G1, Campo Grande News e da Arauco.
