Valorizando a história e a cultura do Poder Judiciário, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), inaugurou na tarde desta segunda-feira, 30 de janeiro, o Museu do Judiciário de MS. Desembargadores, autoridades e personalidades de Mato Grosso do Sul prestigiaram o evento.
Finalizando o mandato, o presidente do TJMS, desembargador Carlos Eduardo Contar, agradeceu a oportunidade e pontuou que sua administração foi pautada em realizar ações que marcassem o curto período de sua gestã, e que se perpetuasse fazendo com que o Tribunal de Justiça de MS continue sendo referência de boa conduta para outros Estados do País.
Em seu discurso, o desembargador lembrou que em forma de brincadeira ou não, algumas pessoas dizem que muitos juízes pensam que são deuses e, que outros tantos têm certeza disso.
“No entanto, muitos acreditam que são imortais, e nós não somos imortais, nós somos rapidamente passageiros e substituíveis”, declarou. “O Museu é exatamente isso, vem para agregar a história do judiciário já que somos falíveis. Vem para agregar e enriquecer ainda mais a memória da história do Estado de Mato Grosso do Sul”.
A dois dias de passar o comando do Tribunal de Justiça para o desembargador e presidente eleito Aergio Martins, o desembargador Carlos Eduardo Contar, falou ao MS DELAS de sua gratidão pelos dois anos de gestão.
“Só tenho a agradecer a todos. Desde o nosso ex-governador Reinaldo Azambuja, ao Tribunal Pleno, aos serventuários, às instituições parceiras, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), o Ministério Público Estadual, Defensoria Pública, e todos os demais que foram colaboradores. Nesses 2 anos de mandato foquei na realização de uma série de obras, não físicas, mas de desenvolvimento de melhoria do serviço, focamos, particularmente nesse ponto e também na valorização da pessoa. Magistrados e serventuários foram reconhecidos e isso fez com que nosso Tribunal alcançasse duas qualificações ouro, e certificação Internacional – ISO 9001 em Gestão de Qualidade e ISO 37001 em Gestão Anticorrupção. Estes são alguns dos benefícios que alcançamos em nosso biênio 2021/2022”, finalizou.
O Museu
Em 2021 foram iniciados os trabalhos para tornar o Museu uma realidade. Para isso, foi feito o resgate de diversas peças com valor histórico, que hoje compõem o acervo. Parte delas foi obtida junto às comarcas do interior do Estado, outra parcela, com servidores e magistrados que atuaram ou ainda atuam no poder judiciário sul-mato-grossense, além daquelas que já estavam sob os cuidados do Departamento de Pesquisa e Documentação do TJMS.
O acervo do museu é composto po maquinários antigos que foram restaurados e estão em perfeito estado de funcionamento, vestimentas antigas, louças, condecorações, publicações de magistrados e servidores, e, ainda, processos históricos, como um auto referente à escravidão e o segundo habeas corpus julgado pela Corte do MS.
O Museu do Judiciário conta também com o programa – Sala da Memória, realizado em parceria entre as Secretarias da Magistratura, Judiciária e de Comunicação do Tribunal de Justiça de MS. Idealizado pelo desembargador Carlos Eduardo Contar, com o objetivo de resgatar e preservar a história da instituição, o programa audiovisual conta como personagens reais, ex-juízes, juízes e desembargadores aposentados e desembargadores mais antigos em atividade.
Em formato de entrevista, a ideia do programa é propor intimidade desde o cenário, já que o local de gravação, geralmente, é a sala de estar do convidado, local em que ele recebe visitas, socializa, está mais à vontade, com uma decoração mais pessoal. As edições produzidas já estão disponibilizadas no canal oficial do TJM no youtube.
O museu ficará aberto para visitação do público em geral de segunda a sexta-feira, no horário normal de expediente do TJMS, das 12h às 18h.
“Leão de Toga”
Após a inauguração do Museu, a tarde de comemorações no Tribunal de Justiça, foi marcada com o lançamento da publicação – Leão de Toga.
De autoria de Wagner Leão do Carmo, a obra literária reúne as memórias sobre a vida pública e privada de seu pai, o desembargador Leão Neto do Carmo. O autor concluiu o livro após extenso trabalho de pesquisa junto a familiares, amigos e instituições.
Redação